Miguel Oliveira tem um troféu com o seu nome para jovens darem os primeiros passos
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Com conhecimento de causa do caminho duro que é preciso fazer para chegar ao mais alto nível, Miguel Oliveira e o pai, Paulo Oliveira, têm, desde há quatro anos, um projeto-escola de motociclismo localizado na Charneca da Caparica e dirigido a jovens até 15 anos, provando que a sua carreira não se resume ao que o piloto conquista dentro de pista.
"Miguel Oliveira está a demonstrar que é possível chegar onde os outros chegam"
Até agora, pela Oliveira Cup já passaram 80 aspirantes, 20 deles esta temporada, "um pouco diferente e com atividade condicionada tanto em Portugal como em Espanha", segundo Rui Belmonte, do Miguel Oliveira Fan Club. "Ele está a demonstrar que é possível chegar onde os outros chegam e a escola nasce com base nessa ideia. Ajuda pilotos que possam ter potencial, para que, primeiro, possam cumprir o sonho de realizar corridas de mota, desviando-se até de outras atenções que possam não ser as ideais; e, depois, que possam chegar onde o Miguel chegou sem tantas curvas e tantas estradas mal alcatroadas pelo caminho. A intenção é que tenham um ensinamento viável e correto. E quando aparece um diamante... é trabalhá-lo", explica, lembrando que se trata de "uma modalidade cara e pode implicar um custo avultado numa fase inicial".
Por isso, "o objetivo é que o investimento da parte dos pais, quem suporta todos estes inícios de carreira, seja reduzido".
Da escolta à claque à distância
Com cerca de 4000 associados, o Miguel Oliveira Fan Club ficou condicionado no apoio ao piloto da KTM Tech3 sendo o Grande Prémio de Portugal à porta fechada. Não conseguindo colocar em prática grande parte das ideias que tinha - "Lançámos o desafio aos fãs de colocar a bandeira com o 88 à janela, nas varandas, na sala, onde estivessem a ver o GP e muitos enviaram fotos e vídeos para demonstrar o apoio, mesmo confinados" -, a iniciativa mais impactante foi a escolta de cerca de cem motards ao almadense na ida para Portimão. "Foi algo muito espontâneo e alinhado na noite anterior, já depois das 23h00. Contactámos os grupos de motociclistas do Algarve. Preparámos a escolta que o Miguel desconhecia. Só soube quando passou a portagem no final da A2. Foi um momento muito especial e o começo de um fim de semana fabuloso", recorda Belmonte.