Ex-assessor jurídico do Benfica Paulo Gonçalves foi condenado a dois anos de pensa suspensa, segundo o Jornal de Notícias.
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Paulo Gonçalves, ex-assessor jurídico do Benfica, foi, esta quarta-feira, condenado a dois anos com pena suspensa, no âmbito do processo e-Toupeira, adiantou o Jornal de Notícias. O funcionário judicial José Augusto Silva foi também condenado, mas a cinco anos com pena suspensa. Júlio Loureiro, o terceiro arguido do processo, por sua vez, foi absolvido.
O antigo assessor do Benfica está acusado de ter subornado José Augusto Silva para espiar casos a correr na Justiça. Os factos remontam a 2018 e em causa estão crimes de corrupção, acesso indevido e violação de segredo.
A leitura do acórdão foi adiada por cinco vezes, a última das quais na passada segunda-feira, devido a greve dos funcionários judiciais.
Em declarações à Lusa, o advogado Tiago Rodrigues Bastos confirmou a condenação de Paulo Gonçalves, salientando que o tribunal apenas validou a acusação do crime de corrupção entre os 50 crimes que lhe eram imputados.
"Foi uma surpresa a condenação pelo crime de corrupção, dada a inexistência de qualquer prova da prática deste crime, pelo que iremos recorrer", afirmou.
Paulo Gonçalves, antigo assessor jurídico da SAD do Benfica, estava acusado de seis crimes de violação do segredo de justiça, 21 de violação de segredo por funcionário, nove de acesso indevido, nove de violação do dever de sigilo, em coautoria, além de um crime de corrupção ativa, dois de acesso indevido e dois de violação do dever de sigilo.
O caso E-toupeira remonta a 2018, quando o MP acusou o antigo assessor jurídico do Benfica Paulo Gonçalves, os funcionários judiciais José Augusto Silva e Júlio Loureiro e a SAD do Benfica de vários crimes. Contudo, em dezembro desse ano, a decisão instrutória acabou por não pronunciar para julgamento a SAD encarnada.