Vitória por 4-1 no "clássico" com o Belenenses deu alento após duas derrotas seguidas. Avançado Cuba bisou
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Duas derrotas seguidas, primeiro com o Mafra, para a Liga 3, e depois, em casa, diante d"Os Marialvas, na Taça de Portugal, fizeram soar os alarmes em Coimbra. Como se não bastasse, a Briosa viu-se a perder aos quatro minutos num clássico de outros tempos, perante o Belenenses, mas conseguiu dar a volta e embalou para uma goleada de 4-1. Cuba, avançado emprestado pelo Farense, bisou e explicou a O JOGO os motivos que o levaram a optar por uma cedência à Académica.
A Académica vinha de um momento delicado. Este triunfo foi essencial para restaurar alguma confiança no grupo?
-Este triunfo foi muito importante. Vínhamos de resultados menos positivos, mas acreditámos sempre no nosso trabalho. Estivemos sempre confiantes e conseguimos dar uma resposta positiva. Felizmente, conseguimos mostrar a qualidade do grupo.
Ganhar de forma clara a um candidato à subida pode servir de trampolim para uma maior consistência nos próximos desafios?
-Sim, ganhar a um candidato é sempre bom para a confiança da equipa, mas sabemos que foi só um jogo e que temos de dar continuidade ao bom trabalho.
Aos quatro minutos já perdiam. Apesar de terem empatado pouco depois, como se reage a uma desvantagem tão madrugadora, tendo em conta o contexto dos jogos anteriores?
-É sempre difícil sofrer cedo, mas a equipa mostrou caráter. Mantivemos a calma, reagimos logo e isso demonstrou a força do grupo.
Que projeto lhe apresentaram para o convencer a ser emprestado à Académica?
-Um projeto muito claro. Falaram-me da responsabilidade de jogar na Académica, um clube histórico, e do objetivo de voltar a colocar a Briosa nos lugares que merece. Para mim, era importante sentir que vinha para um clube onde teria oportunidades de jogar e, ao mesmo tempo, integrar-me num projeto que me fizesse crescer.
Tentar ficar nos quatro primeiros e passar à fase de subida é um dos objetivos da temporada?
-Sabemos desde o início da época que um dos objetivos é terminar nos quatro primeiros lugares e garantir a fase de subida. Esse é o grande foco coletivo, todos estamos a trabalhar para isso. A Académica tem de estar sempre a lutar por objetivos grandes.
Que grupo de trabalho encontrou em Coimbra?
-Encontrei um grupo muito unido, com jogadores experientes e outros mais jovens, mas todos com muita vontade de trabalhar. Fui muito bem recebido e isso faz toda a diferença na adaptação. Sinto que é um balneário saudável, onde todos puxam uns pelos outros.
Foi suplente não utilizado nas primeiras partidas no Farense. Ser emprestado era o que pretendia para ter minutos?
-No Farense tive pouco espaço, e para um jogador jovem o mais importante é jogar. Foi uma decisão natural, queria minutos, queria evoluir, e aqui tenho todas as condições para isso.
Fazer renascer a Académica e levar o clube para outros patamares é algo que vos é quase imposto, dado o peso histórico?
-Jogar na Académica traz sempre uma responsabilidade especial. Estamos a falar de um clube com uma história enorme no futebol português, com uma massa adepta apaixonada. Claro que sentimos esse peso, mas funciona como motivação extra: queremos ajudar a Briosa a renascer e levá-la para patamares mais condizentes com a sua grandeza.
Como se define enquanto avançado?
-Sou um avançado móvel, rápido, oportunista, que gosta de explorar os espaços.
Fez seis golos na época passada e, agora, já tem quase metade desse registo. Acredita que esta pode ser a sua temporada mais produtiva como sénior?
-Sim, estou confiante, sinto-me bem e sei que, com a ajuda dos meus colegas, posso continuar a crescer.
É natural de Cuba, no Alentejo. Foi logo no Sporting de Cuba que ganhou a alcunha?
-Não, ganhei-a quando fui para o Benfica. Desde essa altura que acarinhei este nome; para mim, é um orgulho representar o nome da minha terra.