É preciso recuar até 1972/73 para encontrar uma época que supere os atuais 56 em 21 rondas. Roger Schmidt supera, na ronda atual da Liga Bwin, o desempenho de Jorge Jesus de 2012/13, a melhor desde que as vitórias valem três pontos. Convertendo e olhando mais para trás, Jimmy Hagan arrasou.
Corpo do artigo
Com a vitória sobre o Boavista, anteontem na Luz com mais de 56 mil adeptos nas bancadas a sofrer até ao minuto 82, o Benfica recolocou a sua vantagem na liderança para cinco pontos de diferença em relação ao mais direto perseguidor, o FC Porto.
A equipa de Roger Schmidt chegou assim aos 56 pontos na prova, pelo somatório de 18 triunfos e dois empates (e uma derrota), um registo que, para se perceber a sua dimensão, obriga a uma comparação com décadas de distância.
Na prática, o desempenho presente dos encarnados superou o alcançado sob o consolado de Jorge Jesus, em 2012/13, com 55 pontos em igual jornada do campeonato, na altura sem derrotas, mas com mais um empate, que lhe rendia a liderança com mais dois pontos sobre o FC Porto, que se viria a sagrar campeão.
Com o sistema de três pontos por vitória, em mais nenhuma época a pontuação atual foi superada. Recuando mais, e fazendo a conversão pontual, há um registo igual, que data de 1983/84, então com Sven-Goran Eriksson ao leme. Porém, para superar o somatório atual de 18 triunfos, dois empates (V. Guimarães e Sporting) e um desaire (Braga) é necessário escavar um pouco mais no passado benfiquista e recuar... cinco décadas. Só em 1972/73, então com Jimmy Hagan no comando técnico, o Benfica chegou à 21.ª jornada com (muito) mais pontos. Aliás, fez mesmo o pleno de triunfos, que permitiu amealhar 63 pontos e terminar a época com mais 18 do que o Belenenses.
De resto, e vasculhando toda a história dos campeonatos, só há mais dois desempenhos melhores do que o atual. Em 1971/72, o Benfica de Hagan fez 57 pontos (18 triunfos e três empates) e em 1960/61 Bella Gutmann levou a equipa até aos 58 (19 vitórias, um empate e uma derrota).