Max completa volta de afirmação no Sporting: segue-se a braçadeira e a renovação
Três dias antes da deslocação a Barcelos, o 81 tinha dado espetáculo diante do PSV Eindhoven, aproveitando a ausência de Renan por lesão muscular. Silas, então técnico, precipitou a mudança na hierarquia
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Estávamos no primeiro dia de dezembro de 2019, quando Silas, então técnico do Sporting, surpreendera... os menos atentos: depois de, três dias antes, brilhar na goleada (4-0) imposta ao PSV Eindhoven, na Liga Europa, Luís Maximiano mereceu que o treinador precipitasse a mudança na hierarquia da baliza, promovendo assim a sua estreia no campeonato para a visita ao Gil Vicente, precisamente o próximo adversário dos verdes e brancos.
Renan estava lesionado, o camisola 81 mostrou que não tremia... e com os galos iniciou um período de titularidade indiscutível, que hoje mantém e que até já lhe permite ambicionar outros patamares - já lá vamos.
Passaram-se, entretanto, praticamente sete meses, Max disputou, depois de Barcelos, 20 de 21 jogos a titular de leão ao peito e só viria a ceder o lugar quando, no jogo imediatamente seguinte, Renan se mostrou na Taça da Liga e depois na Europa, provas onde foi chamada a alternativa para as redes.
Renovação só espera pequenos acertos para ser oficializada: Max vai ser leão até 2025, ter cláusula de 60 milhões de euros e ver o salário de 120 mil euros livres de impostos melhorado
Demarcando-se sempre de Rui Patrício, ex-capitão e guardião também formado na Academia, o futebolista natural de Celeiróis meteu mãos à obra, somando exibições vistosas e levando a administração da SAD a dar início ao processo de renovação contratual em março, noticiado em primeira mão por O JOGO, e que se deve concretizar a breve trecho, aumentando-lhe a ligação de 2023 para 2025, a cláusula de 45 para 60 milhões de euros e o ordenado de 120 mil euros líquidos/época para acima dos 400. No fundo, fazer jus ao estatuto que o obrigou a suar.
Um líder ainda com "nervo"
Da geração de 1999, Luís Maximiano completou 21 anos a abrir 2020, logo em janeiro, mas desenganem-se aqueles que fitarem a idade como sinónimo absoluto de inexperiência. O Sporting, com a aposta na formação, reforça precisamente o contrário e, no caso específico do camisola 81, já está inclusive no lote de futebolistas que pode envergar a braçadeira de capitão, aqui com o dedo de Rúben Amorim, técnico que lhe reconhece capacidade de liderança apesar do "sangue na guelra".
Apurou o nosso jornal que este estatuto será para manter na próxima época, até porque o Sporting que começou 2019/20 é já muito diferente do atual: perdeu os capitães Bruno Fernandes e Mathieu e, dos que restam, só Coates parece ter lugar cativo para fazer parte do próximo plantel.
Exemplo desta nova vaga qualitativa de Alcochete, também a estrutura olha para Maximiano como um excelente professor para os mais jovens, alguns deles que só em junho atingiram a maioridade.
Será pois um reencontro saudosista aquele que o guarda-redes terá com o Gil Vicente, quando a bola rolar no dia 1 em Alvalade, pelas 21h15.
Amorim quer o 81 subido, mas a decidir no momento
Rúben Amorim já assumiu que para o seu 3x4x3 os guarda-redes precisam de saber jogar subido, apoiando a primeira fase de construção e evitando o jogo direto, muitas vezes fruto da pressão adversária. Max entende isso, segundo o técnico, na perfeição e dentro de campo, apurou o nosso jornal, tem total liberdade para fazer o que quiser à bola.
O objetivo é jogar curto - errou em Guimarães e deu um golo ao Vitória, mas Rúben aplaudiu-o já no balneário -, mas quando for determinante afastar o perigo, a bola até pode acabar na bancada. O leão quer evoluir no controlo que imprime aos jogos e, para isso, o papel de Maximiano é determinante.