Desde 2001/02, último triunfo do Sporting, que só há dois campeões (FC Porto e Benfica). O resto da Europa é mais democrático.
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Em Portugal, não há espaço para um terceiro campeão. Invariavelmente, desde que o Sporting "secou", em 2001/02 - última vez que foi campeão nacional -, o título passou a ser discutido entre o FC Porto e o Benfica. Desde essa altura, os dragões conquistaram dez campeonatos e as águias sete.
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E este é decididamente um fenómeno português, pois, nas principais ligas europeias, numas de forma mais expressiva do que noutras, houve um veto à bipolaridade.
Ou seja, surgem sempre alguns "outsiders" (ver quadro abaixo) a inscrever o seu nome no historial dos campeões. Comecemos por Espanha. Barcelona e Real Madrid são as principais forças da La Liga, com dez e cinco títulos, respetivamente, durante este período. No entanto, Valência e Atlético Madrid, com um campeonato cada, já romperam a cortina.
A liga que mais se aproxima da lusa é a italiana, com três campeões nos últimos dezoito anos: Juventus (9), Inter (5) e AC Milan (2). O Bayern, na Bundesliga, pulveriza todos os recordes, com 12 campeonatos
Na Premier League, a democratização é ainda maior: o Manchester United (6) ainda domina, mas tem o Chelsea à perna com cinco títulos de campeão. O rival City também entra na guerra, com quatro. Arsenal e Leicester deixaram um ar da sua graça e conferiram outra dinâmica à prova. E pela forma como está a decorrer a competição, este ano o Liverpool deixará também a sua marca.
Em França, a pluralidade foi levada ao extremo, com Bordéus, Marselha, Lille, Mónaco e Montpellier a intrometerem-se no domínio de Lyon (6) e PSG (6).
Na Alemanha, o Bayern (12) domina com grande vantagem, mas Dortmund (2), Estugarda, Wolfsburgo e Werder Bremen entram nas contas. A liga que mais se aproxima da portuguesa é a italiana, com três campeões: Juventus (9), Inter (5) e AC Milan (2).