Prosseguiu esta quinta-feira o julgamento do processo movido pelo Benfica ao FC Porto sobre o caso dos emails
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"O valor da indeminização peca por escasso", defendeu Miguel Moreira, CFO (Chief Financial Officer) do Benfica, ouvido esta quinta-feira, na condição de testemunha do clube encarnado, no Palácio da Justiça, no Porto, onde decorre o processo movido pelo Benfica ao FC Porto, no âmbito da divulgação dos emails, e no qual reclama uma indemnização de 17,7 milhões de euros aos dragões.
"A base dos 17,7 milhões foram 5% da avaliação feita pela KPMG. Para mim, o Benfica está avaliado em 800 milhões de euros, mais cem, menos cem. Os 5% são o valor mínimo do dano. Para nós é quase um valor simbólico", acrescentou.
Miguel Moreira situa no tempo o caso dos emails: "Estamos a falar do melhor ano da história do Benfica, os lucros duplicaram, é o ano do tetra, um marco histórico. Ganhar sem sustentabilidade leva a clubes intervencionados, que não podem inscrever jogadores, que estão sobre a alçada do fair-play financeiro e isso não queremos para o Benfica", disse em tribunal no que pareceu uma clara alusão ao FC Porto.
O diretor financeiro do Benfica fez ainda uma comparação com o caso dos emails com um famoso caso de espionagem vivido em 2007 na Fórmula 1. "Há o exemplo da McLaren, que teve acesso a informação confidencial da Ferrari, apanhou uma multa e saiu do campeonato de construtores". "A PJ fez buscas ao Estádio da Luz, mas nunca foi ao meu gabinete", disse ainda.