Federação Nacional da Ordem dos Médicos Cirurgiões e Dentistas italianos revela lista de óbitos. Autoridades admitem que infetados podem ser dez vezes superior aos confirmados
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A pandemia do coronavírus, em Itália, ganha contornos de catástrofe humana: a Federação Nacional da Ordem dos Médicos Cirurgiões e Dentistas (FNOMCeO) revelou, na sua página oficial, os nomes dos 33 profissionais de medicina que morreram naquele país, contaminados pela Covid-19.
O país transalpino lidera o grupo de países onde se registaram mais óbitos provocados pela doença, com 7.503 registos (ainda não actualizado com os números oficiais de hoje), seguido pela Espanha (4.089) e a China (3.287), ambos hoje atualizados.
Segundo aquele federação sócioprofissional, "a triste lista de médicos que sucumbiram à epidemia de Covid-19 está a aumentar".
"Há ainda muito médicos que estão a morrer repentinamente, não se sabendo se a causa de morte é o coronavírus, pois os procedimentos e autópsias não estão a ser devidamente realizados", refere a FNOMCeO.
A situação é alarmante. O número de infetados pelo novo coronavírus em Itália pode ser dez vezes maior do que oficialmente reportado e chegar a 600.000, admitiu quarta-feira o chefe da Proteção Civil italiana, Angelo Borrelli, numa entrevista ao jornal "La Repubblica".
"Para cada infetado declarado, há dez não registados", disse Borrelli, que diariamente comunica os dados oficiais em conferência de imprensa e, na segunda-feira, indicou que 63.000 pessoas estavam infetadas em Itália.
O número de mortes em Itália por covid-19 atingiu as 7.503 pessoas. O número de pessoas atualmente doentes é de 74.386 (números oficiais de quarta-feira).
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