Um árbitro que nos rouba o jogo a cada minuto e um treinador com contrato de seis zeros que perde depois de não ter feito tudo para ganhar
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Um jogador expulso por segundo amarelo, no clássico dos clássicos, minutos depois de a mesmíssima falta ter sido assinalada ao contrário, a favor do adversário, e outro que sai lesionado (a sangrar) sem qualquer punição para o infrator: por mais contenção e tolerância que se queira ter com a arbitragem, acabo o FC Porto-Benfica sem energia para falar de futebol jogado.
Fábio Veríssimo está habilitado para um jogo destes porquê? Deu provas no passado? Convenceu-nos, em algum momento, de que é um árbitro sereno e equilibrado? O Conselho de Arbitragem terá a noção de que o seu trabalho fracassou quando os espectadores passam hora e meia intranquilos por causa do árbitro?
Os erros de que falei acima até são um para cada lado, mas são claros e, como a FIFA gosta de dizer, óbvios. Se a arbitragem funciona como um constante fator de desestabilização, e foi o que sucedeu, temos um problema. Podemos é continuar a fingir que não.
Flamengo em Lisboa para levar Jesus, com foguetório e luzes néon, declaração de Jesus à Imprensa brasileira para dizer que não pode ir (diferente de não quer) e uma derrota concludente no Dragão. No contrato de Jesus com o Benfica há seis zeros. Não é um rapazinho que está agora a dar nas vistas e está iludido com a possibilidade de melhorar a vida.
Provavelmente, o resultado no Dragão seria parecido em qualquer circunstância, mas a obrigação de um treinador, sobretudo quando implicou um compromisso financeiro tão grande ao clube, é garantir que a equipa entra num jogo destes de cabeça limpa. Seria o mínimo exigível. Claramente, o Benfica não foi a prioridade nestes últimos dias.