A marcha-a-ré do Braga para a via da juventude está abençoada. Um banho de glória europeia é o ideal para puxar pelos miúdos. Para o FC Porto, um banho seguido de massagens.
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A opção do Braga pela juventude foi um improviso para emendar uma renovação de plantel falhada, mas o destino abençoou-a. E
stes jogos da Liga Europa são um acelerador milagroso para aqueles miúdos: se houve um momento em que o Braga precisou de um par de jornadas internacionais épicas é este, e com resultados visíveis, que quase fazem perdoar a eliminação do FC Porto em Lyon.
O Braga vai atravessar-se no caminho de Conceição até ao eventual título, lá para o fim de abril. Um caminho que começa domingo, no Bessa, com a terceira parte do jogo com os franceses: economizar titulares ontem à noite também significa maior responsabilidade com o Boavista. Em teoria, o dérbi já custou a Liga Europa, ainda que as coisas raramente sejam tão simples. O onze de segundas linhas não se portou mal. Pensando primeiro no campeonato, como Sérgio assume ter feito, ganhar jogadores para o que falta não será um mau prémio de compensação pelo fracasso internacional. Por outro lado, se nem quando tem segundas linhas tão competentes uma equipa portuguesa consegue gerir, em simultâneo, Europa e campeonato, quando conseguirá fazê-lo?
Neste momento, continuam na UEFA os clubes com menos expectativas cá dentro, logo, com alegadas menos expectativas lá fora, enquanto FC Porto e Sporting (melhores do que eles) se remetem à Liga interna. Se, no segundo caso, o desgaste não foi o fator principal com o City, no primeiro, fica difícil questionar Conceição depois de um ciclo de nove jogos em 28 dias, quatro deles internacionais e outro em Alvalade.