Era preciso ganhar e ganharam. O Sporting de Amorim aprende. O FC Porto de Conceição explica aos críticos que percebe o seu treinador e que o seu treinador o percebe a ele
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Duas goleadas, duas tragédias para Sporting e FC Porto e, no final, nenhum drama. Rúben Amorim aprende depressa, como prometia o seu curto passado, e Sérgio Conceição continua a ser avaliado pela forma como os incidentes começam e não pela forma como acabam.
Depois dos 5-1 com o Liverpool, julgou-se o que não tem matéria pública para ser julgado: a dureza com que falou dos seus jogadores nesse dia. Como várias vezes antes, nestes quatro anos e alguns meses, a equipa do FC Porto demonstrou que compreende o seu treinador e, mais do que isso, que o seu treinador a compreende a ela muitíssimo melhor do que nós, os observadores à distância.
Ontem, no Dragão, lavou a cara com um desempenho de competência e atitude quase perfeitas.
No Sporting, o processo é diferente. Enquanto Sérgio procura conservar uma equipa de escala europeia, Amorim está a criar uma, e até agora muito bem. Os dois jogos desta terça-feira não eram os mais difíceis do mundo, mas exigiam a certeza de ganhar. O apuramento está longe de ser um devaneio para ambos.
O mais difícil do mundo (tem razão Jesus) talvez seja mesmo o Bayern. Hoje pode acontecer tudo, incluindo a goleada que não passa pela cabeça do treinador do Benfica, menos uma coisa: que saiam afetadas as possibilidades de qualificação para os "oitavos".
Os quatro pontos fechados com o KO ao Barcelona, na jornada anterior, são blindagem suficiente para que o Benfica encare o jogo mais difícil do mundo com o se fosse o mais fácil e se divirta a testar os seus limites.