Juntos, sob as luzes dos holofotes, estarão Pizzi e quem substituir Luis Díaz, por razões muito diferentes. Já dizia o tio do Homem Aranha: com grande poder, vêm grandes responsabilidades
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A covid de Luis Díaz vem baralhar um FC Porto-Benfica que, lido e ouvido, parecia um conto de fadas para a equipa de Sérgio Conceição. Só faltava a formalidade de jogar.
Como sabemos, o futebol é mesmo assim: espetamos o dedo indicador no ar, sentimos de onde vem o vento e ficamos a saber o resultado. Mas o futebol muda em segundos, embora seja sempre o segundo a mudar.
Primeiro, mudam os jogadores. Se as oportunidades forem bem aproveitadas pelas peças que substituírem Otamendi (e se fosse Ferro?) e remendarem o meio-campo do Benfica (Paulo Bernardo?), o vento sossega num instante. Ou torna-se um furacão, caso sejam Corona, Fábio Vieira, Pepê, Francisco Conceição e/ou Toni Martínez a aproveitar as deles.
Neste momento, observamos o FC Porto e só vemos Luis Díaz, esquecendo que, há um ano, era ele quem rapava o fundo do tacho das oportunidades. Outro dos murmúrios do vento, e até mais convincentes do que esta súbita confiança total numa vitória do FC Porto, vem sendo o de que o plantel mais harmonizado é o de Sérgio Conceição. Nenhum facto, desde o início da época, contrariou essa impressão, mas há umas provas mais convincentes do que outras. A ausência de Díaz permitirá um exame mais sério à tese, com jogadores como Fábio Vieira - cujo talento, em áreas diferentes, está mais próximo - diretamente debaixo dos holofotes.
A mesma posição em que, por razões bem diversas, também estará Pizzi, do lado do Benfica. Quem chega ao Porto aos ombros da nação benfiquista por matar um dragão não pode furtar-se a matar o segundo.