Hamilton contra o racismo evoca luta do movimento "Black Power" nos Jogos de 1968
Piloto britânico venceu a segunda prova do Mundial de F1 (Estíria, Áustria) e ergueu o punho direito. Antes do Grande Prémio ajoelhou-se com uma camisola do movimento "Black Lives Matter"
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Lewis Hamilton venceu no domingo o Grande Prémio da Estíria (Áustria) e aproveitou o momento para se manifestar em defesa do movimento "Black Lives Matter", surgido após o falecimento trágico de George Floyd ao ser detidos por vários agentes, em Minesota, nos Estados Unidos. De punho direito fechado e em riste, Hamilton evocou o momento em que os medalhistas norte-americanos Tommie Smith e John Carlos ergueram também os punhos contra o racismo (simbologia usada na altura pelo movimento Black Power) na cerimónia de entrega de medalhas dos 200 metros nos Jogos Olímpicos de 1968, na Cidade do México.
Antes da prova, o inglês tinha-se também ajoelhado com outros pilotos e mecânicos de várias equipas, envergando uma T-shirt do movimento "Black Lives Matter".
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Hamilton, recorde-se, tem estado muito ativo na defesa dos direitos humanos e contra o racismo, e no fim do Grande Prémio agradeceu à sua equipa por terem alinhado com ele na luta.
"Juntos, nós lutamos. A equipa hoje ficou de joelhos, o que foi incrível ao ver que juntos podemos aprender, ter a mente aberta e ter consciência do que está a acontecer no mundo. Hoje vencemos, mas ainda temos um longo caminho a percorrer. Muito obrigado a todos da minha equipa, aqui na pista e na fábrica. Espero que vocês tenham orgulho do que estamos a defender e a alcançar juntos. Um enorme agradecimento a todos vocês #TeamLH, agradeço todo o seu apoio e as suas mensagens positivas que me motivam a continuar", escreveu nas redes sociais.