Lewis Hamilton critica Ferrari na luta contra o racismo: "Não ouvi uma palavra sequer"
O piloto da Mercedes, vencedor da segunda prova da temporada, manifestou-se mais uma vez contra o racismo
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"Vimos alguns mecânicos da Red Bull ajoelhados, o que eu acho ótimo, mas como um negócio e como equipas... Se você olhar para a Ferrari, que tem milhares de pessoas a trabalhar com eles, eu não ouvi uma palavra sequer deles a dizer que eles se responsabilizam e que isso é algo que eles vão fazer em seu futuro. E nós precisamos que as equipas façam isso ", disse Lewis Hamilton.
O piloto da Mercedes, vencedor da segunda prova da temporada, manifestou-se mais uma vez contra o racismo, afirmando que viu com bons olhos o gesto de mecânicos da Red Bull. Hamilton chamou, todavia, a atenção da Ferrari, pedido que a escuderia, assim como a Fórmula 1, adote um posicionamento contínuo na luta contra o racismo.
No domingo, na Austria, Hamilton foi acompanhado por 13 dos 20 pilotos em mais uma manifestação de oposição ao racismo, momentos antes do início da corrida do GP da Estíria. A transmissão televisiva também destacou os mecânicos de Max Verstappen ajoelhandos, gesto que se opôs à decisão do próprio holandês de permanecer de pé, assim como Charles Leclerc, Kimi Raikkonen e Daniil Kvyat. Carlos Sainz, da McLaren, e Antonio Giovinazzi, da Alfa Romeo, não compareceram a essa cerimónia.
"Precisamos que a Fórmula 1 e a FIA sejam mais atuantes nesses cenários, dizendo, "ei, pessoal, todos nós juntos, todos precisamos nos unir e lutar por isso". Acho que muitas pessoas não sabem qual é o problema. Muitas pessoas negam que há um problema.. Mas se não conhecerem o problema, não podem concertá-lo, e milhões de dólares não vão muito longe. Acho que os pilotos também precisam se juntar, porque temos uma grande voz e grandes plataformas", disse ainda.