Um tio de Oscar Pistorius afirmou que a família do atleta sul-africano aceita o veredicto do tribunal, momentos depois de o campeão paralímpico ter sido condenado a cinco anos de prisão pelo homicídio da namorada.
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"O tribunal deu o seu veredicto e proferiu a sentença, e nós aceitamos o veredicto. Oscar vai aproveitar esta oportunidade para pagar a sua dívida com a sociedade", afirmou, esta terça-feira, Arnold Pistorius, que leu um breve comunicado diante do tribunal em Pretória, momentos depois da leitura da sentença.
A 12 de setembro, o atleta sul-africano de 27 anos foi declarado culpado do homicídio involuntário da sua namorada, a modelo Reeva Steenkamp, de 29 anos, abatida a tiro a 14 de fevereiro de 2013.
O atleta olímpico e paraolímpico foi hoje condenado a cinco anos de pena de prisão efetiva pelo crime de homicídio involuntário, mas também a três anos de pena suspensa por uso de arma de fogo.
"Como tio, quero dizer uma coisa: espero que Oscar comece o seu próprio processo de cura, no seu caminho para a reabilitação. Nós, a sua família, estamos prontos para o apoiar e orientar durante o cumprimento da pena", disse Arnold Pistorius, que morava com o atleta desde os acontecimentos de fevereiro de 2013.
"Foi um período terrivelmente difícil e doloroso para todas as pessoas envolvidas, a família [de Reeva] Steenkamp, a nossa família, e Oscar", referiu o familiar do atleta, acrescentando que todas estas pessoas estão "psicologicamente exaustas".
Apesar de não mencionar o nome do procurador Gerrie Nel, Arnold Pistorius criticou a postura do Ministério Público.
A acusação "tentou provocar o máximo de danos colaterais" quando, segundo Arnold Pistorius, percebeu que "a verdade não era compatível de todo com a tese de homicídio premeditado".
O atleta sul-africano tornou-se, em 2012, no primeiro corredor com as duas pernas amputadas a disputar uns Jogos Olímpicos, tendo conseguido chegar às meias-finais da prova de 400 metros.