O relatório dos psiquiatras conclui que Pistorius encontrava-se em plenas faculdades mentais quando assassinou a namorada a tiro
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O atleta sul-africano Oscar Pistorius "não sofria de qualquer problema ou doença mental" na altura em que matou a namorada, a modelo Reeva Steenkamp, concluíram os psiquiatras que durante um mês examinaram o estado mental do desportista.
As conclusões da avaliação foram reveladas hoje pelo procurador Gerrie Nel no recomeço do julgamento do atleta, a decorrer desde 3 de março.
O relatório indica que Pistorius, de 27 anos, era capaz de distinguir o bem do mal no momento do crime, ocorrido a 14 de fevereiro de 2013. O atleta confessa ter matado a tiro a namorada na sua casa em Pretoria.
O Ministério Público e a defesa aceitaram os resultados da avaliação psiquiátrica, embora os advogados do desportista tenham pedido mais tempo para se pronunciarem sobre o conteúdo do relatório.
O pedido da defesa foi aceite pela juíza Thokozile Masipa, que tinha solicitado a avaliação de Pistorius depois de uma psiquiatra declarar que o atleta sofria de um distúrbio de ansiedade generalizada que o poderia ter levado a matar Steenkamp.
Uma equipa formada por três psiquiatras e um psicólogo terminou na sexta-feira a avaliação de um mês de Pistorius que diariamente se deslocou a uma clínica de Pretoria e esteve sob observação durante sete horas.
Pistorius alega que disparou contra a porta da casa de banho por achar que no local se encontrava um ladrão e não Steenkamp. A acusação diz que o atleta matou intencionalmente a sua namorada depois de uma discussão ouvida por vários vizinhos.
O desportista, que em 2012 em Londres se tornou o primeiro atleta da história com duas pernas amputadas a competir nuns Jogos Olímpicos, pode ser condenado a prisão perpétua.