Pai foi assassinado, limpou casas de banho e agora brilha no Manchester City
Sterling teve uma infância difícil e conta que podia ter tido um destino muito pior, mas o sacrifício foi recompensado e o inglês chegou ao topo do futebol mundial.
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A vida dos jogadores de futebol profissionais é vista por muitos como sendo de luxo, mas a verdade é que há muito sacrifício por detrás de carreiras brilhantes e, por vezes, o caminho até ao topo é muito sinuoso. Este é o caso de Raheem Sterling, avançado do Manchester City, que passou por muitas dificuldades na infância.
O internacional inglês, nascido na Jamaica, perdeu o pai num tiroteio quando tinha apenas dois anos. O assassinato do progenitor abalou a família, mas, ao mesmo tempo, acaba por ser um fator motivador para ajudar o futebolista a nunca parar de trabalhar. "É difícil sempre que me lembro, mas ao mesmo tempo é algo que me motiva para dar tudo e para continuar a lutar", explicou numa entrevista ao jornal AS.
Em criança, Sterling limpou casas de banho de hóteis para ajudar a mãe a melhorar a vida da família e agora é o próprio que tem capacidade financeira para poder ajudar os familiares a viver de uma forma mais folgada. "Nós [Sterling e a irmã] víamos a nossa mãe a trabalhar e para nós não era estranho ajudar. Fazia parte do quotidiano e só queríamos tornar a vida dela o mais fácil possível", contou o avançado de 25 anos.
Além da mãe, o número 7 dos citizens teve outra pessoa que foi muito importante para que as coisas não tivessem dado para o torto. Aos 10 anos, Sterling teve um professor que lhe disse que se não mudasse de atitude acabaria atrás das grades. "Não sei se estaria na prisão, mas uma coisa leva a outra. Naquela altura ainda não estava muito mal, mas se continuasse naquele caminho esse [prisão] seria o meu destino. Foi uma chamada de atenção para mim. Além disso, a oportunidade de jogar futebol ajudou-me de uma forma tremenda", revelou.
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