Após a imprensa norte-americana ter anunciado que iniciou uma investigação às alegações de que o selecionador Gregg Berhalter foi chantageado durante o Mundial'2022, com base num episódio de violência doméstica ocorrido há mais de 30 anos, os pais de Giovanni Reyna reagiram.
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Após a Imprensa norte-americana ter avançado que Gregg Berhalter foi chantageado pelo pai de Giovanni Reyna, médio do Dortmund, durante o Mundial'2022, com base num episódio de violência doméstica ocorrido há mais de 30 anos, os pais do jogador deram a sua versão do que aconteceu.
O selecionador dos Estados Unidos reagiu a esses relatos com um comunicado em que confirma e lamenta ter pontapeado a namorada - atual mulher, com quem tem quatro filhos - em 1991, à porta de um bar. Mais tarde, Danielle, mãe de Reyna, confirmou ao jornal The Athletic que denunciou esse episódio à Federação norte-americana durante o Mundial'2022, acusando Berhalter de desvalorizar a situação.
"Quero esclarecer a situação, eu liguei a Earnie Stewart [dirigente da Federação dos Estados Unidos] no dia 11 de dezembro, após Gregg [Berhalter] ter feito comentários negativos sobre o meu filho Gio. Eu queria que ele soubesse que eu estava incomodada com a situação de Gio e que me sentia pessoalmente traída pelas ações de alguém que considerava um amigo há várias décadas", começou por dizer.
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"Sem querer entrar em detalhes, as declarações [do selecionador sobre a agressão] desvalorizam significativamente o abuso em questão. Rosalind Berhalter [mulher de Gregg] foi minha colega de quarto e melhor amiga e eu apoiei-a ao longo do trauma subsequente", acrescentou a mãe de Reyna.
Claudio Reyna, pai do jogador, também prestou declarações ao jornal, revelando ter contactado a Federação norte-americana devido a estar insatisfeito com a gestão do filho durante o torneio, mas negou ter incorrido em ameaças.
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"Eu apoio a minha mulher e as declarações que prestou. Também fiquei chateado com os comentários de Gregg após a eliminação dos Estados Unidos do Mundial e pedi a Earnie Stewart que evitasse comentários futuros", explicou.
Entretanto, a Federação dos Estados Unidos anunciou que está a realizar uma investigação independente à situação e que será Anthony Hudson, adjunto de Berhalter, o responsável por orientar a seleção num estágio marcado para este mês.
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