Fernando Santos falou em entrevista à FPF360, destacando a importância do CR7 no esquema da Seleção Nacional.
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Cristiano Ronaldo é o capitão da Seleção Nacional e o seu jogador mais importante. Fernando Santos não tem dúvidas nem problemas em atribuir ao craque do Real Madrid papel de maior relevância em relação a outros jogadores da equipa das quinas.
"A equipa é construída sempre em função dos jogadores. Não tenho o meu modelo só. Vou escolher os melhores jogadores portugueses e tenho de adaptar o meu conceito às características deles e obviamente que Cristiano é o peso principal", disse o selecionador, em entrevista à revista FPF360, prosseguindo:
"Ainda agora estava em França, há uma semana, no congresso final dos treinadores que estiveram no Campeonato da Europa e depois de todos os outros, e todos os meus colegas, desde o Didier Deschamps, o Chris [Coleman], o treinador de Gales, a todos os que estiveram no palco ou que foram chamados a intervir foi colocada esta questão e todos responderam da mesma maneira: o Chris montou a equipa à volta de Bale, essencialmente; o Didier Deschamps disse a mesma coisa, que havia três ou quatro jogadores importantes, um deles Griezmann e que a equipa era montada para potenciar os melhores. Seria muito estranho que Portugal, tendo o melhor jogador do mundo, também não planeasse a sua forma de jogar de acordo com o que penso que são as potencialidades e aquilo que o Cristiano nos pode dar. Desde logo, é o melhor finalizador do futebol português. Se tenho o melhor concretizador do mundo e está aqui na Seleção Nacional, não fazer com que a equipa, de alguma forma, se adapte àquilo que é a forma do Ronaldo seria errado. Outra coisa é: se, eventualmente, o Cristiano não puder, já não fazer mais nada, isso é outra coisa".
Fernando Santos falou ainda sobre a lesão do CR7 na final do Euro'2016:
"Temos o caso da final. Sem o Cristiano Ronaldo, não! Dizer isso é um exagero, porque o Cristiano esteve na final e esteve presente no resto do jogo. Infelizmente, saiu, mas, até isso tido algum peso nessa final. Porque a saída de Cristiano Ronaldo, se num primeiro momento é um embate para os seus colegas, até para a estratégia que tínhamos planeado, depois traz alguma coisa de superação. Ele sai e em todos os outros jogadores há um momento de superação. A importância que sempre demos ao nós, ali, foi muito forte. A presença de Cristiano Ronaldo também tem um peso próprio, quando está em campo, que é aquilo que representa para os adversários. A gente sabe como é que estas coisas funcionam: se o adversário tiver lá um jogador como Cristiano Ronaldo, os treinadores que estão do outro lado montam também uma estratégia... A questão é outra: se, por acaso, o Cristiano não puder, vamos ter de arranjar soluções para continuar a vencer. Isso é o que vamos fazer e, na final, mérito dos jogadores, fizeram-no muito bem! Agora, não pode, a partir daqui, dizer que Portugal abdica de Cristiano Ronaldo. Não pode abdicar, de certeza absoluta".