O príncipe da Jordânia pretende cabines de voto transparentes mas não conseguiu audiência de emergência com a comissão eleitoral.
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O príncipe jordano Ali bin Hussein pediu ao Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) a suspensão das eleições para a presidência da FIFA, agendadas para sexta-feira.
Em causa está um diferendo sobre o sistema de voto. O príncipe jordano, um dos cinco candidatos ao cargo, pretende a utilização de cabines de voto transparentes mas a comissão eleitoral da FIFA recusou uma audiência de emergência no tribunal, sediado em Lausana, na Suíça, para abordar o tema. "A FIFA opôs-se ao nosso pedido para acelerar o procedimento para que estas questões possam ser decididas antes de 26 de fevereiro. Assim, é natural que o príncipe Ali recorra para o TAS", defendem os advogados de Ali bin Hussein.
"Apenas cabines transparentes podem provar que cada votante está a seguir o seu coração e consciência e que não existem votos forçados, prevenindo que os votantes tirem fotos dos papéis para comprovar que seguiram instruções", acrescenta o advogado Renaud Semerdjian, em declarações à AFP.
O pedido de suspensão das eleições junta-se, assim, às queixas de Jérôme Champagne, que solicitou à FIFA o cancelamento da acreditação de observadores da UEFA e da Confederação Asiática, sob suspeita de estes fazerem "lobby" a favor do xeque Salman bin Ebrahim Al-Khalifa, presidente da AFC, e Gianni Infantino, secretário-geral da UEFA.