Três períodos anteriores mais extensos não tiveram resultados positivos, mas Schmidt mantém estratégia.
Corpo do artigo
Se para o Vizela receber o Benfica tem sido sinónimo de derrota (quatro em outros tantos jogos), para o Benfica a deslocação do próximo sábado à cidade minhota será também uma oportunidade para colocar à prova um trauma que tem causado dissabores desde que Roger Schmidt assumiu o comando técnico das águias e optou por conceder períodos de descanso prolongados ao plantel sempre que as seleções nacionais lhe levam mais de metade do elenco.
No período de paragem em curso para compromissos de seleções, o treinador que conduziu o Benfica à conquista do título de campeão nacional ficou com uma dezena de jogadores disponíveis para treinar, além de três em recuperação de lesões.
Por esse motivo, Schmidt fez uma pausa na preparação desde dia 3 até dia 8, na última sexta-feira, voltando o grupo reduzido ao Seixal no sábado e domingo para gozar nova folga ontem.
Mesmo tratando-se de um período sem treinos presenciais no Benfica Campus, e enquanto os outros 13 elementos do plantel estavam ao serviço das respetivas seleções, as folgas incluíam planos de treino individualizados e monitorização permanente, assegurando assim a equipa técnica a informação sobre o momento físico de cada jogador.
Porém, e apesar de toda a tecnologia e planificação a envolver estas paragens, que os outros emblemas candidatos ao título não têm seguido, o historial da última temporada mostra que os regressos à competição coincidiram com resultados menos positivos ou até preocupantes para o desenrolar da temporada. No último deles, Roger Schmidt teve de vir a público abordar o tema no sentido de afirmar que a pausa nos trabalhos tinha tido "um efeito positivo", considerando que "o problema não foi esse descanso, foram os jogadores que estiveram nas seleções durante 12 dias, com muitas viagens, quase sem treinar e sem jogar".
Esta análise do treinador aconteceu depois do terceiro e último período de férias concedidas ao plantel na época passada e quando o Benfica seguia numa sequência de três derrotas consecutivas. O plantel parou os treinos de 20 a 24 de março, voltou com um triunfo arrancado a ferros em Vila do Conde, diante do Rio Ave (0-1), perdendo de seguida com FC Porto (1-2), Inter (0-2) e Chaves (1-0). Ainda se registou um empate em Milão (3-3) antes do regresso aos triunfos.
A primeira paragem aconteceu há um ano, de 20 a 23 de setembro, ao qual o plantel respondeu com dois empates, em Guimarães (0-0) - os primeiros pontos perdidos no campeonato - e diante do PSG (1-1). Depois destes quatro dias, seguiram-se dez, de 27 de novembro a 6 de dezembro. O Benfica empatou a seguir com o Moreirense (1-1) e caiu da Taça da Liga e registou a primeira derrota da temporada, em Braga (3-0).