O treinador germânico sublinha que o percurso da dupla, vendida ao PSG, faz parte da "filosofia do clube". Diz que o "impressionaram bastante não só pela sua qualidade, mas pelo quanto amam o clube"
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Bem conhecidos de Roger Schmidt, que os orientou no Benfica, Gonçalo Ramos e João Neves deram o salto para o PSG, que venceu a Champions, além dos troféus internos, na época passada. O técnico alemão recorda a sua afirmação e o "amor" de ambos pelo emblema encarnado. "Tanto ele [João Neves] como Gonçalo Ramos foram meus jogadores no Benfica. É a filosofia do clube, a determinado ponto perdes estes jogadores. Quando se afirmam fazem um ano, no máximo dois, e depois são provavelmente vendidos pelo clube, que precisa deste tipo de transferências. Impressionaram-me bastante, não só pela sua qualidade, mas pelo quanto amam o clube. Isso é muito especial no Benfica", afirma, em entrevista ao canal de Youtube "Scipion", reforçando: "Estive em muitos clubes, mas o que sentes no Benfica é que o objetivo dos jovens é jogar no clube, o amor pelo clube vê-se em campo. Ambos são muito bons exemplos."
"Gonçalo Ramos deu tudo pelo Benfica antes de sair para o PSG, João Neves também. Tentei mantê-los mais um ano, mas foi impossível", refere o técnico, abordando a mudança do médio para o campeão francês: "Ele deu esse passo e está a mostrar semana após semana que está pronto para jogar num clube de topo a nível internacional. Está muito bem."
Considerando que "por vezes, quando há muita pressão no futebol, é bom contar com os jovens", Schmidt defende que estes "não querem saber [da pressão], só querem jogar futebol". "Por vezes é bom dar-lhes a oportunidade de mostrar se estão prontos ou não. Fizemos isso com o João e desde o início, desde os primeiros minutos, vimos um jogador que tem imensa confiança e qualidade, sem qualquer tipo de dúvidas sobre o que tem de fazer em campo. Por isso, tornou-se no final da temporada um jogador muito importante e foi também importante para sermos campeões."