"É muito importante corrigir a desinformação e maledicência sobre a minha capacidade enquanto gestor"
João Noronha Lopes, candidato à presidência do Benfica, deu uma entrevista à CMTV esta segunda-feira
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A sua capaciade de gestão está a ser colocada em causa. Consegue provar que os benfiquistas podem confiar em si?
"Consigo. Começo pelo princípio. É muito importante corrigir a desinformação e maledicência sobre a minha capacidade enquanto gestor. Estive 18 anos numa das maiores empresas do mundo, a McDonalds. [enumera os cargos] Concluí a minha carreira fechando um dos maiores engócios na Ásia, vender a operação na China a sócios locais, liderei em 2017. O negócio foi de mais de 2 mil milhões de dólares, representa cerca de 15% do SNS... São números muito significativos. Envolveu muito trabalho e muita competência de uma equipa que eu liderei. Não se tem percurso com sucessivas progressões na carreira se não for bom gestor. Sabe o que acontece a pessoa se não tiver bons resultados? É despedida."
Na empresa Vira Frangos tem prejuízo de 2,8M€, consegue explicar? "É impossível ter carreira numa empresa mundial desta envergadura se não se tiver capacidade de gestão. Tenho de defender a minha honra e dignidade, e por amor ao Benfica, e por absoluta transparência. Acumulei nos anos na McDonalds condições para ter uma vida confortável. Tenho aqui as minhas declarações de rendimento desde que voltei para Portugal em 2016 [mostra de 2017 até 2023]. Antes estava emigrante em França e era lá que exercia atividade. Só até 2023 porque tenho rendimentos imobiliários e por isso posso entregar declaração até dezembro do ano. Acumulei riqueza de cerca de 23 milhões de euros. Estas declarações vão estar disponíveis no site da minha campanha a partir de agora. Faço para repor a minha dignidade e o interesse dos benfiquistas."
Ainda sobre o prejuízo na empresa Vira Frangos: "É uma empresa na qual tenho participação de 22%. Fundei juntamente com dois amigos, um é um dos sócios fundadores da cadeia de restaurantes H3, um exemplo de inovação. A notícia que sai é tendenciosa e revela enorme falta de rigor financeiro. Estes prejuízos são empréstimos que os sócios fizeram à empresa. Foram os sócios que puseram dinheiro na empresa. Quando tomaram a decisão foi porque tinham capacidade financeira para fazê-lo. Podíamos ter pedido dinheiro emprestado aos bancos, não o fizemos. A nossa dívida bancária é de pouco mais de 200 mil euros, não o fizemos. Podíamos ter convidado outros sócios, não o fizemos porque temos uma empresa extraordinária e não quisemos dividir o diamante com outras pessoas. Empresa foi considerada em 2022 a empersa de retalho mais inovadora pela Confederação de Comércio Português. Tudo está a correr de acordo com o plano e da vontade dos sócios. Continuam a ser eles que subsidiam a empresa, querem apenas vender o franchising quando esta estiver consolidada. Os resultados têm vindo a melhorar, em 2025 vão ser muito melhores e é neste ano que inciámos a internacionalização da empresa. Abrimos em Espanha, vamos abrir em Itália e no Dubai. A empresa está a seguir o percurso normal. Nomes são públicos, Paulo Martins e Albano Homem de Melo (o presidnete da H3)."
Empresa de crepes em Londres? Como explica? "Fui nomeado chairman, está lá para dar input estratégico. Estive lá sensivelmente um ano, saí em meados de 2023. Essa empresa está num processo de expansão e durante esse ano surgiram divergências entre mim e a estratégia dos acionistas. Decidi que não fazia sentido continuar, foi uma saída tranquila e com carta de recomendação e agradecimento ao meu trabalho. A empresa entra num processo de recuperação em 2025."