ENTREVISTA >> Depois de 12 anos na I Liga, o Rio Ave desceu de divisão e teve de arrepiar caminho, conseguindo, entretanto, subir novamente e assegurar a permanência muito antes de terminar o campeonato. O presidente António da Silva Campos explica a O JOGO os segredos, assumindo que os dois últimos anos foram de grande desgaste pessoal e de risco para o clube. O clube está impedido de inscrever jogadores e aguarda pela decisão de um recurso
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A estratégia da próxima época passa pela resolução de "um pesadelo", assume António da Silva Campos.
O Rio Ave está proibido de inscrever jogadores até dezembro. Como está isso?
-O caso Olinga deve ser das situações mais caricatas no futebol. O Olinga não jogava há seis meses, era um jogador livre e fomos buscá-lo a meio da época passada. Quando recebemos a documentação da Federação belga, não encontrámos nenhum impedimento, inscrevemos o jogador e, depois, recebemos um email do Raja Casablanca a dizer que tinham um compromisso com ele. O jogador disse que houve troca de contactos, mas que não chegaram a acordo. Depois do contrato assinado, ainda pedimos dois pareces externos e disseram-nos que, desde que o jogador não tenha nada assinado, podia haver contactos. Soubemos, mais tarde, que havia uma troca de mensagens pelo WhatsApp e foi essa a prova do Raja Casablanca. Contestámos, fomos para o TAS [Tribunal Arbitral do Desporto] e aguardamos a sentença. Se houver justiça, vamos ser ilibados. Isto é um pesadelo, porque põe em causa o futuro do Rio Ave.
Caso se mantenha a proibição, qual será a estratégia? Vão tentar renovar com todos os jogadores?
-Já temos tudo pensado. Temos o plano A, caso possamos inscrever jogadores, e o plano B, que passa por valorizar os jogadores que temos, podendo depois, em janeiro, afinar o plantel.
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