Adepto galego do Belenenses já se mobiliza para jogos em S. João da Madeira e Vila Verde
"Temos de subir e vamos conseguir», garante Perico Balado, que já viu o Belenenses jogar na Europa, na Áustria, e pede tributo de todos adeptos portugueses quando a equipa voltar aos grandes palcos nacionais por toda a dignidade em arrancar do zero. Elogia muito formato da Liga 3
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Perico Balado é um jovem galego amante do futebol, do Celta de Vigo e da história de Os Belenenses. Com tendências raras, paixões bem caprichadas, também foi fundador e jogador de uma equipa de futsal chamada Union Soviética. Mas é a campanha dos azuis do Restelo, do muito nobre Os Belenenses, de Pepe, Vicente e Matateu, que conserva a história e o legado de um título de campeão português, que seduz Perico, que desde a Galiza também se afastou do B SAD mesmo quando havia o estímulo competitivo da Primeira Divisão.
O presente que coloca Os Belenenses a lutar por uma subida à 2, disputando a fase final da Liga 3 com Sanjoanense, LANK Vilaverdense e Amora, abre imensas expectativas e aproxima o galego Perico das emoções dos homens que carregam os pergaminhos do emblema da Cruz de Cristo. Até porque esta é uma caminhada que puxa pelo orgulho desde as distritais.
"Moro em Compostela mas acompanho a atualidade do clube como posso, através das redes sociais e meios portugueses. Quanto mais se profissionaliza e sobe de patamar, mais fácil é. A Liga 3 é um sucesso de Campeonato, na organização e visibilidade. Acho que em Espanha devíamos aprender muito mais nesse sentido", evidencia.
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"Esta fase de subida é um momento histórico para o nosso clube. Depois de imensos anos o Belenenses volta a jogar no norte de Portugal e, por isso, eu não podia faltar. Tinha que estar presente. Vou a São João da Madeira no sábado e no fim de semana seguinte a VIla Verde. Também gosto de conhecer outros lugares de Portugal, são coisas boas que o futebol tem!", resume.
"O meu amor pelo Os Belenenses nasce sendo pré-adolescente, resulta das férias que fazia com os meus pais em Lisboa. Fiquei apaixonado pelo Restelo e nunca deixei de seguir o clube. Pago as minhas quotas e já viajei pela Europa a torcer pelo Belenenses, quando fui ver a eliminatória na Áustria com o Altach. Sonho por mais oportunidades dessas!", desvenda Perico, apostando num final airoso para as suas cores nesta Liga 3.
"Temos de conseguir a subida à Segunda, a um só patamar da Primeira podemos ter margem de erro e se tivermos de ficar lá alguma época mais não é nenhum drama. Mas o salto ao futebol profissional tem de ser dado. Acho que vamos conseguir", augura, expondo o seu pensamento face às tricas e desavenças que fragmentaram a nação azul.
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"O meu posicionamento na guerra SAD-clube sempre foi claro, aquilo não fazia sentido e foi tomado o caminho certo com o Belenenses. Aquilo que o clube está a fazer tem mais valor que qualquer taça ou campeonato. Alguma outra equipa do mundo renunciou estar na primeira divisão e começar do zero? Está tudo dito", louva Perico, reclamando um apreço global.
"Quando esta equipa voltar aos grandes palcos merece ser aplaudida por todas as claques do país, pela sua demonstração de dignidade e amor próprio. Eu sou do Celta e em Vigo também há uma guerra entre presidente do clube e os representantes da câmara municipal. É algo diferente e ridículo. No futebol moderno todos buscam protagonismo mas esse só pertence aos adeptos", afirma Perico, satisfeito por se juntar sábado na bancada a muitos amigos adeptos do histórico do Restelo: "O Belenenses foi uma grande forma de celebrar amizades ao longo dos anos", conclui.