Advogado de Rui Pinto lembra a prisão de sete dirigentes da FIFA.
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Francisco Teixeira da Mota, advogado de Rui Pinto, utilizou o exemplo de um suposto rigor da Justiça nos Estados Unidos como argumento favorável ao arguido português no caso Football Leaks.
"Os americanos não brincam em serviço. Não brincam no combate ao crime. São bastante duros na luta contra infrações económicas e financeiras", afirmou Teixeira da Mota, referindo-se a um caso em 2015, no qual "sete dirigentes da FIFA foram detidos por ter ficado provado que terão recebido 150 milhões de euros em subornos".
"Em Portugal abriu-se espaço a que informações como as reveladas pelo Football Leaks sejam particularmente relevantes", disse depois Teixeira da Mota, considerando que, em muitos casos, o futebol proporciona o surgimento de pessoas mal intencionadas, no sentido de terem o intuito de dele se aproveitaram como meio "para ilícitos" ganhos avultados.
No seu entender, o interesse público das informações divulgadas por Rui Pinto não é questionável: "Interesse público? Se querem um sistema mais opaco é uma coisa. Se querem um sistema mais transparente e democrático é outra."
Rui Pinto está acusado de 89 crimes informáticos e de um crime de tentativa de extorsão, em coautoria com Aníbal Pinto, que está acusado apenas deste último.
Na primeira sessão de alegações finais, o Ministério Público pediu pena de prisão para ambos. A defesa de Aníbal Pinto pede a absolvição deste. Só após a alegação do advogado de Rui Pinto será conhecida a data da leitura da decisão.
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