"Para sair à rua, o Rui Pinto tem que chamar a Polícia. Está detido há quatro anos"
Francisco Teixeira da Mota lembra as limitações atuais do arguido.
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Francisco Teixeira da Mota, advogado de Rui Pinto, contou em tribunal que o arguido continua a viver com fortes limitações à sua liberdade pessoal.
"Depois de ser detido, Rui Pinto ficou num regime de quase isolamento, em que não podia conviver com os outros detidos. Depois foi para as instalações da Polícia Judiciária e a seguir para um local desconhecido. Quando sai é com acompanhamento de polícias e tem também alguns contactos com a família quando estes vêm a Lisboa. Para sair tem que chamar a Polícia", explicou o advogado, acrescentando que Rui Pinto "está detido há quatro anos" e que, ao contrário "do que outros" deixam entender, ele "não é a pessoa mais vil da história".
"O Rui Pinto é uma pessoa com qualidades e defeitos, que começou este julgamento de uma maneira e terminou de outra. Evoluiu", destacou Teixeira da Mota, em sessão de alegações finais do julgamento do caso Football Leaks, a decorrer no Juízo Central Criminal, ao Campus de Justiça, em Lisboa.
Depois, o advogado justificou: "A privação da liberdade e o afastamento do mundo permitiram-lhe ter uma visão diferente da realidade e do seu papel na sociedade."
Rui Pinto está acusado de 89 crimes informáticos e de um crime de tentativa de extorsão, em coautoria com Aníbal Pinto, que está acusado apenas deste último.
Na primeira sessão de alegações finais, o Ministério Público pediu pena de prisão para ambos. A defesa de Aníbal Pinto pede a absolvição deste. Só após a alegação do advogado de Rui Pinto será conhecida a data da leitura da decisão.
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