Francisco Empis foi confrontado com entrevistas antigas em que terá apontado tentativas de extorsão de Rui Pinto a outras empresas que não a Doyen
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Um antigo colaborador da empresa Doyen Sports, de nome Francisco Empis, admitiu esta quarta-feira em tribunal que pode ter havido "uma narrativa" por parte daquela empresa, no sentido de acusar Rui Pinto de atos ilícitos que este não terá cometido.
Ao ser questionado por Luísa Teixeira da Mota, da equipa de advogados de defesa do arguido, Francisco Empis foi confrontado com antigas entrevistas suas em que, nomeadamente, terá dito que os documentos divulgados pelo Football Leaks tinham sido manipulados.
"Numa entrevista disse que os documentos podiam ter sido manipulados. Mas identificou ou não manipulações?", perguntou a advogada. "Não", respondeu Empis, que prestava serviços à Doyen Sports..
"Fazia assessoria de imprensa e também a gestão do site da Doyen", contou agora Empis, durante a 38.ª sessão do julgamento do caso "Football Leaks", a decorrer no Campus da Justiça, em Lisboa.
Depois, Teixeira da Mota disse à testemunha que esta, na altura, também tinha mencionado a existência de outras empresas que tinham sido alvo de tentativas de extorsão por parte de Rui Pinto. "Recorda-se disso?", questionou. "Não me recordo", afirmou Empis. "Mas admite que a alusão a essas alegadas tentativas de extorsão fizessem parte de uma narrativa da Doyen", insistiu a advogada. "Pode ter sido, mas o principal foi sempre focado na Doyen", respondeu Francisco Empis.