Football Leaks: informação na rua porque "jornalistas são mais eficazes" do que autoridades
Antes da Polícia, a informação foi passada a um consórcio de jornalismo.<br/>
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A associação de combate à corrupção em África que veiculou a informação secreta recolhida por Rui Pinto, optou por não entregar logo os dados às autoridades porque acreditou que os jornalistas poderiam ser mais eficazes na divulgação das mesmas.
"Por um lado, era clara a intenção por parte do denunciante de que esta informação fosse revelada publicamente. Depois, porque os investigadores da plataforma são por vezes mais eficazes do que as autoridades dos países e, a terminar, porque se esta informação fosse facultada às autoridades, não suscitaria a pressão pública que só a divulgação dos órgãos de comunicação social permite", explicou em tribunal o francês Henry Thulliez, dirigente da Plataforma de Proteção dos Lançadores de Alertas em África (PPLAAF), durante a 38.ª sessão do julgamento do processo "Football Leaks", a decorrer no Campus de Justiça, em Lisboa.
A PPLAAF entregou os dados ao ICIJ, consórcio internacional de jornalismo de investigação, que depois divulgou a informação através de vários média europeus.