Roberto Martínez deixará todos escandalizados se diante da Dinamarca, a Seleção não for Vitinha-João Neves e mais nove. Um debate com potencial até para abafar “chapadas por amor”
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1 A vida de um selecionador é mais fácil do que a de um treinador de clube. As luzes do mediatismo acendem-se poucas vezes por ano e apagam-se poucos dias depois. Roberto Martínez - na tentativa de levar Portugal de volta à final four da Liga das Nações - colocou-se debaixo de todos os holofotes ao associar Tomás Araújo a uma lesão crónica.
“Foi um erro linguístico”, disse ontem, dias depois de a federação ter esclarecido o “lapsus linguae” do treinador espanhol no momento da convocatória. Ultrapassado o lapso e distraída a nação desportiva com outras questões e questiúnculas, Martínez volta a ser o centro das atenções. Desta feita, sem culpa. O selecionador foi confrontado com a natural curiosidade de todos: perceber se Vitinha e João Neves - estrelas de um PSG galático na Ligue 1 e na Liga dos Campeões - serão hoje titulares frente à Dinamarca. À primeira vista, ninguém entenderá que não estejam entre os eleitos. Se um ou ambos ficarem no banco, será como acender os mais potentes holofotes e apontá-los todos a Martínez.
2 A propósito de questões e questiúnculas, é impossível ignorar o julgamento da Operação Pretoriano. Hoje, André Villas-Boas, na qualidade de representante legal da SAD portista, vai estar na sala onde o seu nome foi tantas vezes referido na segunda e na terça-feira para justificar o sucedido na famigerada AG portista. Aliás, o que não aconteceu. Porque não foi uma agressão, foi uma chapada por amor ao FC Porto.