O Benfica começou bem a época, mas do céu ao inferno foi um pequeno passo e a quebra acabou por ditar o despedimento de Bruno Lage. Segue-se o Special One, que tem a missão de vencer e convencer.
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O momento na Luz é de grande agitação, potenciada a níveis elevadíssimos face à aproximação a passos largos de um ato eleitoral aguardado com enorme expectativa, como se percebe pela quantidade inesperada de candidatos.
Os presidentes que pretendem permanecer na cadeira do poder têm sempre nos resultados os melhores aliados, mas o público é sempre muito influenciado, também, por nomes sonantes para a equipa principal de futebol, o motor da esmagadora maioria dos clubes e onde se movimenta mais dinheiro.
O Benfica junta estes dois fatores numa fase sensível da temporada, depois de um arranque promissor em termos de resultados. O apuramento para a Liga dos Campeões e o entusiasmo provocado pelo mercado, com investimentos de milhões em vários reforços, levantou o moral dos benfiquistas, mas do céu ao inferno foi um pequeno passo. As exibições não apareceram e os dois desaires sucessivos, frente a Santa Clara e Qarabag, precipitaram o despedimento de Bruno Lage. Rui Costa tinha de agir e, fruto dos movimentos dos outros candidatos à máxima posição do clube, avançou de imediato para um nome à prova de bala.
José Mourinho é o senhor que se segue na Luz, onde terá desafios que adora encarar. Em primeiro lugar, terá de fazer a equipa retomar o trilho das vitórias, depois terá a exigência de convencer a exigente plateia encarnada aliando vitórias a boas exibições. Finalmente, e não menos importante, no regresso a Portugal pela porta grande pretenderá mostrar que continua a ser o Special One, após experiências negativas. Os resultados o dirão.