Há grandes duelos europeus na memória dos portistas e hoje é dia para mostrar à Europa que no Dragão ninguém abandona a permanente sede de vencer. Silenciar o Olímpico é missão difícil e Anselmi precisa de onze gladiadores para o conseguir
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A carreira do FC Porto na presente temporada tem sido marcada por turbulência dentro e fora dos relvados e, numa semana particularmente difícil para o universo azul e branco, com a partida do seu histórico presidente Jorge Nuno Pinto da Costa, joga-se em campo uma cartada importante para as ambições europeias de um plantel que ainda está à procura de perceber e colocar em prática as ideias do novo treinador.
Os conceitos de Anselmi já permitiram vencer, mas ainda não foram suficientes para convencer que no Dragão mora uma equipa na linha dos bons velhos tempos, capaz de protagonizar exibições arrrebatadoras e proporcionar duelos que ficam na memória de todos os adeptos do clube. É isso que se pede hoje aos azuis e brancos, que entram no Olímpico de Roma com um empate registado na primeira mão, no Dragão, a um golo, resultado que obriga os avançados a estarem com a baliza de Svilar como ponto de mira. Também se espera maior inspiração em matéria de finalização, num momento em que os portistas estancaram a crise provocada pelas três derrotas consecutivas que conduziram ao afastamento de Vítor Bruno, conseguindo, após a transição assegurada por José Tavares, duas vitórias em cinco jogos, não perdendo nenhum desde que Anselmi assumiu o comando das operações no balneário portista.
Por norma, a presença nos oitavos de final é um objetivo mínimo para o clube, mas André Villas-Boas e vários jogadores já assumiram, publicamente, que o FC Porto está na Liga Europa para a conquistar. Para isso, será necessário hoje silenciar o Olímpico de Roma com onze gladiadores que não virem a cara à luta. É esse o ADN Porto e os adeptos não esperam que a atitude seja menor do que gastar até à última gosta de suor.