PONTAPÉ PARA A CLÍNICA - Uma opinião de José João Torrinha
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1 - Noventa e nove anos não são noventa e nove dias. São décadas de história de um emblema que, na nossa realidade nacional, se pode orgulhar de ser, como se diz em Barcelona, muito mais que um clube.
Um aniversário que una todos os vitorianos
Uma instituição que atravessou gerações e que em seu torno une os vimaranenses como nenhuma outra. Este será o ano de celebrarmos o centenário que se cumpre em setembro de 2022. Esta semana, a efeméride foi comemorada de uma forma simples, mas bonita, onde o momento alto foi o da imposição do emblema de 75 anos de sócio a mais quatro associados. Foram eles as estrelas da tarde, homens que se mantiveram fieis a um clube que, quando o decidiram abraçar, tinha apenas vinte e poucos anos de existência. Que este centenário sirva também para perpetuar as suas memórias, pois que se trata de um património riquíssimo que devemos preservar a todo o custo. Que seja ainda uma festa que possa cumprir com dois desígnios: permitir que todos possam ser parte ativa e em que só esteja quem quer realmente estar. Se for assim, é meio caminho andado para que nela todos se sintam bem enquanto vitorianos.
2 - Esta foi ainda uma semana com muitas notícias e comentários sobre as contas da SAD e ainda operações financeiras com impacto nas mesmas. Sem prejuízo dos números que vamos lendo por aí serem preocupantes para qualquer vitoriano que se preze, urge ouvir as explicações de quem de direito. Esperemos que as mesmas sejam esclarecedoras e tranquilizadoras, pois que ninguém se esquece de tempos não muito recuados em que olhamos de bem perto para o abismo. Um olhar que deve estar sempre na mente de quem nos dirige, para que nunca mais se volte a repetir.
O que mais tem de fazer Janvier para merecer a titularidade? Como de costume entrou bem e foi apenas a quinta substituição
3 - O futebol não é assim tão complicado. Quando duas equipas se defrontam e defendem muito mal, vai ganhar aquela que melhor aproveitar os erros do adversário. Foi assim. Querer ganhar um jogo a um adversário deste poderio, dando abébias na defesa e desperdiçando chance após chance no ataque é querer o impossível. E se no início do jogo o grande problema era o sair a jogar desde trás, a partir de certa altura passou mesmo a ser a nossa incapacidade de definir bem os lances e de não falhar em zonas mais recuadas. Por outro lado, está na hora de Pepa impor alguma meritocracia neste plantel. Todos os jogadores que o mister fez entrar no jogo estiveram à altura, ao contrário de alguns dos que saíram. Para não estarmos aqui a debitar nomes, falemos apenas do caso mais paradigmático e do meu "enigma de estimação". Depois do jogo na Taça da Liga, Janvier foi apenas a quinta substituição. Como de costume entrou bem, com a qualidade de passe que já nos habituou. O que mais tem ele que fazer para merecer uma titularidade neste clube?