APITADELAS - Um artigo de opinião de Jorge Coroado.
Corpo do artigo
É sempre bom ver tipos declaradamente duros a tentar melhorar mentalmente ao ler os mestres renascentistas.
Nunca se é demasiado velho para aprender algo novo sobre a natureza humana, como influenciar pessoas e gerir um principado ou império criminoso.
São tipos que, apesar das manobras súcias que patrocinam, vivem na esperança presuntivamente segura da ressurreição para a vida eterna através do Nosso Senhor Jesus Cristo encomendando a alma ao Senhor Todo-Poderoso ao mesmo tempo que entregam o corpo e a mente às mais díspares diatribes, apresentando-se perante a sociedade com a mais comovente das canduras. Nada de estranho, se efetuada uma retrospetiva. Na verdade sempre foi, e continuará a ser, esse a forma e modo de estar de todos aqueles que chegam e se perpetuam em lugares de mando e projetam imagem sobre alienados apaniguados. Basta olhar e ouvir todos aqueles que a braços com a justiça, à porta dos tribunais, juram inocência e clamam consciência tranquila. Depois de décadas de mudanças, seria desejável por parte de responsáveis, de eleitos, um maior compromisso na defesa da verdade, da transparência, do rigor, mas na verdade acreditar em tal é como ser um peixe fora de água. Interpretar algumas das mudanças subtis que ocorreram na sociedade desde há quase meio século revela que fachada da civilização é efetivamente muito débil.
De facto, é impressionante a filosofia de quem tem poder. Quando acontece m... rapidamente se põe na alheta, física ou verbalmente. Há uma base jurídica para tal - "necessitas non habet legem", a necessidade não conhece a lei. Acreditar na lhaneza das figuras mais mediáticas do processo Lex é admitir qualquer um poder ir a Marte.
Vaidades!
A carreira de árbitro começa por baixo, pelas provas distritais. É ali que se aprende o bê-á-bá da função, se adquire experiência e conhecimento. Há quem se preocupe em percecionar as vicissitudes da atividade, outros, na ambição de chegarem lá acima sem saber ler nem escrever, preocupam-se mais com a imagem. Ao invés de ganharem bases, aprenderem a arbitrar, adquirem equipamentos de intercomunicação como os utilizados nas Ligas profissionais. De tal modo assim é que o CA da AF Lisboa se viu obrigado a regulamentar a utilização daqueles aparelhos. Enfim, vaidades!
Ainda o VAR
A ferramenta VAR veio para ficar. Já provou ser útil, ajudar na preservação de significativa percentagem de verdade desportiva. O problema está, reitera-se, na utilização, em quem faz e como faz o manuseamento. Já se percebeu haver notória incompetência em alguns dos chamados "especialistas", também equívocos tremendos na análise das imagens. Não se diga tratar-se de perseguição. Quando Rui Santos, seguramente quem mais pugnou pela adoção do sistema, demonstra a fraca fiabilidade na utilização do equipamento, ao comum dos adeptos o que se poderá explicar?