APITADELAS - Uma opinião de Jorge Coroado
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A polémica emergente do jogo da final da Taça de Portugal, com origem em inócuo quanto despiciendo lance, teve o condão de criar histeria coletiva, toldando juízos, perturbando mentes que deveriam ser esclarecidas e esclarecedoras, mas que, colocando à frente interesses clubísticos perdem noção de tempo e local para se exprimirem.
Uns, tipo Criatura Notoriamente Indigente do Desporto, qual palrador de insípida prosápia, demonstrou não aceitar opinião diferente. Outro, o Exmo. Sr. Dr. Sampaio da Nora, tido como especialista em direito desportivo (a Ordem dos Advogados reconhecerá esta especialidade?), porventura estribado no “excelso” trabalho desenvolvido como presidente do CD da Federação de Rugby, preconizou possibilidade de sanção de dez jogos para jogador dos leões, estes e outros, entenderam a ação de Matheus Reis perante Belotti como violenta ou grosseira.
Queixas no MP foram efetuadas, abertura de processos de inquérito no CD da FPF são aos magotes. Disse, afirmo e reafirmo: gesto de Matheus Reis, no momento, em jogo corrido, não passou de situação fortuita devido à Ânsia em querer jogar a bola que jogador do SLB, protegia ilegalmente fazendo obstrução. Como alguns dizem que jogador pisou intencionalmente o adversário, é, igualmente lícito considerar-se que, tendo a perna direita pressionada pelo corpo do contrário, querendo jogar a bola do outro lado, desequilibrou-se (é notório apoio em Maxi Araújo) e, roçou sola da bota na cabeça do adversário. VAR terá visto assim, na eventualidade terá considerado passível de exibição de cartão amarelo por negligência, porém, como árbitro havia assinalado a falta inicial de Belotti, já não tinha como intervir.
O facciosismo exacerbado tolda a mente até daqueles que deviam ser mais Lúci…dos. Considerar a ação de Matheus Reis punível e alvitrar sanção dos elementos da equipa de arbitragem, nomeadamente árbitro e VAR (esqueceram-se do árbitro assistente que dispôs de visão privilegiada sobre todo o enquadramento, inclusive, assinalou a infração de Belotti), é burlesco. Ouvi-los e lê-los sobre lance ocorrido aos 86’,41”, na área do SLB, envolvendo Renato Sanches e Trincão seria interessante! O primeiro não derrubou o segundo, pisando-o em ambas as pernas quando já no solo? Foi fortuita a ação? É possível! Porém, impediu o jogador leonino de continuar na jogada. Sobre isto, népias!
Não se ouviu ou leu palavra emitida pelo CA da FPF sobre qual a situação dos elementos da equipa de arbitragem da final da Taça de Portugal, no entanto, a coberto da conveniente figura - “fonte próxima” - sempre afiançadora de “fake news”, alguém escreveu que o VAR Tiago Martins, havia sido excluído dos jogos do play-off. Sendo verdade que estava cogitado para arbitrar este fim de semana e foi arredado devido ao jogo da final da Taça, atento o órgão que veiculou a notícia em primeira mão, porque não há machado que corte raiz ao pensamento, podemos pensar estarmos perante existência de promiscuidade entre dirigente do CA da FPF e o órgão de comunicação com o qual colaborou.