APITADELAS - Uma opinião de Jorge Coroado
Corpo do artigo
Ciclicamente, veiculado por quem mostra duvidosa, quiçá fraca, competência para a função, sobretudo quando em obediência ao princípio de Peter lhe dão palco, como é/foi caso do árbitro Luís Godinho no evento Football Talks promovido pela FPF, obedecendo ao primórdio - "se eu não promover o meu peixe ninguém o compra" - há quem, glorificado por ignorantes, pateticamente se diga arbitrar à inglesa.
Alguém responsável, conhecedor e credível conseguirá explicar o que é arbitrar à inglesa? Será que, objetiva e visivelmente, existe um modelo de arbitragem à inglesa? Existirão, igualmente, estilos alemão, americano, brasileiro, chinês ou árabe? Em Portugal, teremos uma forma específica de arbitrar? Obviamente não!
Em Inglaterra, nas ilhas britânicas, fruto de uma sociedade lutadora, sofredora, reconhecedora do empenho e entrega de intervenientes sabedores, porque responsavelmente industriados, participarem honestamente em espetáculo que motiva e empolga multidões, há, sim, um futebol dinâmico, assente no vigor físico, na determinação e braveza, tudo ajuizado por gente habituada e educada na mesma filosofia que, não se atemoriza perante a força, tem lucidez competitiva, não decide e pune porque um dos jogadores teve uma fatalidade e saiu lesionado da liça. Ali, ao contrário do sucedido por cá, apesar da energia e temeridade como por vezes é disputada a bola, o respeito prevalece, não sobrevém sentimento de retaliação.
Invariavelmente a autoridade do árbitro não é colocada em causa, porque jogadores, treinadores e demais elementos sabem estar na presença de quem conhece e interpreta o jogo. Enfim, há um estilo de futebol que forma a arbitragem, não o contrário!
Rigor
Em Inglaterra, rigor e transparência não são palavras vãs. Ali, onde os adeptos são fervorosos na defesa do seu emblema, mas sabem e gostam de futebol reconhecendo o adversário, árbitros, público e todos aqueles que à modalidade se entregam não olvidam que, perante erro desvirtuador da essência competitiva, da verdade desportiva, a entidade garante da arbitragem não atua corporativamente varrendo para baixo do tapete ou enfiando cabeça na areia como se os dirigentes escondam seus próprios fantasmas como antigos árbitros. Quando um árbitro vai para a jarra é tornado público.
VAR
Na jornada anterior, em Chaves, o Rio Ave empatou com golo mal validado por manifesta e grave negligência do VAR Bruno Esteves. Envolvesse o jogo um dos crónicos candidatos ao título haveria sermão e missa cantada durante semanas. Se dúvidas subsistiam quanto à credibilidade do manuseamento da ferramenta, Bruno Esteves, afirmando "urbi et orbi" sua absoluta e reconhecida incompetência, a mesma que acelerou sua despromoção e que, havendo sentido de responsabilidade do CA, não devia permitir continuasse em funções, encarregou-se de, definitivamente, dar razão aos céticos.