Pagar por uma licença obrigatória para correr? Calma, que a ideia da Federação Portuguesa de Atletismo vem com seguro, cartão de combustível ou até um voucher de viagem
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A Federação Portuguesa de Atletismo teve uma má ideia. Uma ideia para aplicar em Portugal, esse mesmo país onde um estudo publicado em 2024 relevou que 70% dos inquiridos “nunca” praticava desporto, a maior percentagem - de longe - entre todos os 27 países da União Europeia.
Esse mesmo país que, segundo dados recentes, investe no desporto cerca de 40€/ habitante, enquanto a média na UE é 113€/ habitante. E qual é, afinal, essa má ideia? Criar uma licença obrigatória para todos os participantes em provas nacionais e cujo custo varia entre os três euros - sendo válida por um dia - e os 36 euros, para quem quiser pagar um ano inteiro de corridas. Leu bem, pagar ao organismo que gere o atletismo para correr a São Silvestre do Porto, a meia maratona de Lisboa, ou a Volta a Paranhos, por exemplo. A juntar ao custo da inscrição – que há muito deixou de ser barata, apesar da maçã, água e medalha entregues depois da meta… -, imagina-se.