Caso César Boaventura? Concluo que tudo não passa de ruído gerado com o fim de sujar o nome do Benfica
A JOGAR FORA - Opinião de Jaime Cancella de Abreu
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1 - 13 de julho de 2022: Roger Schmidt sobe ao relvado da Luz e recebe uma estrondosa ovação dos 23.470 adeptos que se deslocaram à Luz para assistir ao treino realizado à porta aberta. O Benfica não tinha disputado ainda qualquer jogo, nem mesmo um simples amigável de pré-época, mas a empatia entre adeptos e treinador era já total. Nove meses passados, com o clube ainda em branco quanto a títulos conquistados sob o comando do técnico alemão, foi esta sexta-feira anunciado o prolongamento do seu contrato até 2026. Presidente e treinador estavam fadados a entender-se quanto ao futuro, tal é o entendimento que demonstram no presente - e não conheço um benfiquista que não esteja satisfeito com o feliz desenlace deste processo. Danke, Rui Costa!
2 - Não ponho as mãos no fogo por ninguém, muito menos por César Boaventura. Mas se ele é o trapalhão que por aí tanto se apregoa, não tinham os investigadores obrigação de ter arranjado melhores e mais convincentes casos de jogadores que ele tenha tentado corromper? Inteirando-me do percurso desses jogadores, concluo que tudo não passa de ruído gerado com o fim de sujar o nome do Benfica e, de caminho, colocar em causa o mérito das nossas vitórias. Lionn, por exemplo, foi apanhado a mentir, tentou um acordo em tribunal e foi César Boaventura que não aceitou, fazendo questão de levar o processo até ao fim.
3 - O dérbi feminino de domingo passado teve o recorde de 27.221 espetadores nas bancadas da Luz, mais até do que o jogo onde se enfrentaram o terceiro (Braga) e o segundo (FC Porto) da Liga masculina. Para este extraordinário número contribuíram também centenas de adeptos do Sporting, que, misturados com os do Benfica um pouco por todo o estádio, exibiram camisolas e cachecóis com as cores do seu clube sem que alguém os tenha importunado. Quem mais ganhou no domingo passado foram o civismo, o desportivismo e o fair play, isto é, o futebol!
4 - Imaginem só o que não seriam as bicadas do rei da (estafada) ironia se o inimigo situado a 300 quilómetros de distância tivesse aplicado mais de 20M€ de uma SAD tecnicamente falida na compra de um "reforço" que há meses salta da bancada para o banco e do banco para a bancada, não passando de quarto central (desde outubro jogou um minuto para a Liga!) nas preferências do treinador que reclama amiúde - sempre que as coisas não lhe correm de feição - da falta de investimento da administração na equipa.
5 - Por mais e melhores razões que se esforce por apresentar, não se entende como quer a Liga centralizar a bilhética se nem os horários dos jogos consegue em tempo útil dar a conhecer.