A melhor notícia saída da noite de quinta-feira foi a qualidade dos reforços
PONTAPÉ PARA A CLÍNICA - Uma opinião de José João Torrinha
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O Vitória deu início à nova temporada da melhor maneira. Nas conversas prévias ao jogo sentia-se no ar um misto de ansiedade e apreensão. A ansiedade normal de todos os aguardados inícios e a apreensão em face dos últimos acontecimentos e das dúvidas sobre a qualidade do plantel.
Se me perguntarem qual a melhor notícia saída da noite de quinta-feira, ela foi mesmo a qualidade dos reforços. Acima de todos, Jota Silva
Felizmente, a partida dissipou uma e outra. E se me perguntarem qual a melhor notícia saída da noite de quinta-feira, ela foi mesmo a qualidade dos reforços. Acima de todos, Jota Silva. O jovem avançado, que nunca jogou na primeira liga, apanhou-se de repente nas competições europeias e perante quase quinze mil espetadores. Não desiludiu. Envolvido nos três golos, Jota mostrou que terá valido bem a pena o que se pagou por ele.
Também gostei do japonês Ogawa. Na primeira parte jogou do "meu" lado e fez uma exibição sem falhas. Seguro a defender e acutilante qb no ataque. Na segunda não esteve tão acertado, mas já deu para ver que tem qualidade mais do que suficiente para assumir o lugar e assim fazer esquecer Rafa Soares. Hélder Sá vai ter que fazer pela vida.
O ponta-de-lança André Silva, apesar de não ter marcado, deu mostras de grande qualidade, quer ao nível das suas movimentações, quer do passe ou da qualidade técnica das suas ações. É indiscutivelmente reforço e daí a confiança que Moreno lhe depositou: foi o último a chegar e foi logo "lá para dentro".
Finalmente, Anderson, que ao contrário do compatriota, não esteve muito em jogo, mas que fez aquilo que se exige de um verdadeiro avançado centro: na primeira oportunidade, faturou.
Quanto aos que já cá estavam, destaco a exibição de Tiago Silva que, para além do golaço, foi durante boa parte do jogo o cimento que colou toda a equipa.
Globalmente, saí do estádio com boas sensações quanto ao que aí vem
Globalmente, saí do estádio com boas sensações quanto ao que aí vem, mas misturadas com duas nuances: por um lado a valia do adversário, que se revelou bem mais débil do que se contava; e por outro a convicção de que mantemos ainda fraquezas antigas (essencialmente na defesa) que urge debelar com mais uma ou outra chegada.
O único ponto verdadeiramente negativo aconteceu ao intervalo e nas bancadas. Mas sobre isso voltarei a falar, até porque implica uma reflexão mais demorada, mas que urge fazer.