VELUDO AZUL - A opinião de Miguel Guedes, aos domingos n'O JOGO.
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Contam-se escassos 5 dias para o regresso da equipa principal do FC Porto aos treinos. Enquanto isso não acontece, apura-se a contabilidade dos jogadores que estarão ou não presentes, dia 2 de Julho, na primeira sessão de trabalho.
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Desde que o plantel largou as amarras da última jornada da Liga com a goleada caseira frente ao Belenenses SAD (4-0), pausa para férias é direito laboral que nem todos os jogadores se podem gabar de ter tido. Com a pandemia a recrudescer sem descanso, todas as variáveis ainda se tornam mais confusas. Sobre o regresso esperado dos jogadores ou a confirmação desejada de reforços, ninguém pode afiançar datas e, muito menos, disponibilidade para treinos ou jogos.
Mais uma vez, uma época que começa profundamente condicionada pela pandemia. Não nos mesmos moldes do ano transacto onde, fruto da pausa competitiva, todos os prazos entre épocas se encurtaram. Desta vez, "apenas" um Euro-2020 jogado em 2021 e disperso por vários países. Pepe e Sérgio Oliveira continuam à disposição da Selecção nacional e, independentemente do tempo de jogo que Fernando Santos dê a cada um deles, gozarão de descanso assim que Portugal termine a sua campanha.
Se Luis Díaz conseguir ser mais regular no seu futebol, está condenado a ser o mais sério desequilibrador da equipa e o grande candidato a jogador do ano
Do outro lado do Atlântico, Luis Díaz, Uribe e Marchesín jogam a Copa América e não vão parar por enquanto: Colômbia e Argentina deverão carimbar passaporte para os quartos-de-final que começam sexta-feira, precisamente no dia de arranque da época do FC Porto. Também eles gozarão dias de descanso após o fim da competição, no desejo de que o seu regresso à Europa não se complique pelos critérios de quarentena que estejam em vigor no momento. Admirando o "golaço" de Luis Díaz ao Brasil, "tesoura-chilena-bicicleta", continua pendente a ideia que pairava no ar no início da época passada: se Luis Díaz conseguir ser mais regular no seu futebol, está condenado a ser o mais sério desequilibrador da equipa e o grande candidato a jogador do ano. Assim se confirme. Desde que, obviamente, não transformem os seus remates em expulsões.
Esta semana, Pepê, reforço ex-Grémio, chegou antecipadamente à cidade do Porto de forma a estar disponível no início dos trabalhos, logo após cumprir o prazo de quarentena. Otávio e Evanilson, regressados de férias, também se apresentaram com dias suficientes para cumprirem os requisitos da DGS. A eficácia da "bolha-COVID" das equipas voltará a ser critério de julgamento da competência das estruturas profissionais de futebol e, como já se percebeu pela falência da "bolha" de Jorge Jesus no Benfica da época passada, motivo para poder maquilhar grandes falhanços em desculpas recheadas com meias verdades.