Nadal precisa de anular a dor antes de competir na terra batida de Roland Garros
Maiorquino recebe, previamente a pisar a terra batida, uma injeção composta por um anti-inflamatório. Pós-jogo com Djokovic, uma espécie de final antecipada, deixou "marcas"
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Vítima da síndrome de Mueller-Weiss, que lhe causou uma lesão crónica no pé esquerdo, Rafael Nadal tem feito um tratamento específico nessa parte corporal, antes de cada jogo de Roland Garros, de forma a poder competir a alta intensidade.
Segundo o jornal "Marca", o maiorquino, acompanhado, em Paris, pelo médico Ángel Ruiz Cotorro, recebe, em dia de pisar a "sua" terra batida, uma injeção composta por um anti-inflamatório no pé esquerdo, para evitar a sensação de dor.
Durante o embate com Novak Djokovic, espécie de final antecipada de Roland Garros, na qual assegurou o acesso às "meias", Nadal exibiu vários esgares, sobretudo na fase final do jogo de mais de quatro horas, e ficou até com mazelas.
"Não foi fácil. Depois de todo o esforço e dificuldade que o Rafael teve para ganhar ao Djokovic, acordou com dores no pé direito no dia seguinte", afirmou o treinador Ruiz Cotorro, que tem esperança, ainda assim, na perseverança no espanhol.
"Eu tenho esperança que o pé dele aguente até domingo para que possamos lutar pelo título", juntou Ruiz Cotorro, numa entrevista concedida à "Cadena COPE". Além de ter de suportar a dor, a que está habituado - "sou um jogador que vive com uma lesão, não está lesionado" -, Nadal precisa de eliminar Alexander Zverev.
A débil situação física de Nadal é já antiga. Em janeiro passado, após mais de meio ano de paragem e conquistar o Open da Austrália, e fixar um recorde de títulos no Grand Slam (22), o espanhol admitiu jogar frequentemente à base de anestesias.
"Tenho uma lesão crónica e incurável, é parte do meu dia-a-dia e ainda mais quando jogo encontros longos", salientara Nadal, depois de perder com o jovem prodígio e compatriota Carlos Alcaraz, nos quartos-de-final do Masters 1000 de Madrid.