Wiggins admite uso de substâncias proibidas, mas sublinha que não é batoteiro
Ciclista britânico, que viu dados médicos revelados por grupo de piratas informáticos, consumiu uma substância proibida, mas estava autorizado a fazê-lo
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O ciclismo volta a debater-se com um problema de doping, desta vez com Bradley Wiggins, vencedor do Tour de França em 2012 e medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Londres, em contrarrelógio no mesmo ano, além de várias outras vitórias, admitiu, em entrevista à BBC, ter consumido triamcinolone, uma droga poderosa e banida por ser considerada doping.
Os dados médicos do ciclista, assim como de outras figuras mundiais do desporto, foram revelados por um grupo de piratas informáticos russos, e abriram um novo debate sobre o doping no desporto. Wiggins, porém, sublinhou que não é batoteiro e destacou que o uso do medicamento foi autorizado e serviu para se colocar ao nível dos restantes ciclistas. "Sofro de asma há muitos anos e consultei, com o médico da minha equipa, um especialista para ver como se podia curar essa situação. Este medicamento foi a cura para uma situação médica, não foi uma maneira de ganhar uma vantagem injusta. Foi para colocar-me num nível em que pudesse competir com todos os outros ciclistas do pelotão", revelou.
O ciclista de 36 anos destaca que viveu vários problemas respiratórios, derivados da asma, em 2012 e que foi isso que o levou a procurar soluções médicas mais eficazes.
O uso de substâncias deste género, proibidas, pode ser autorizado em casos excecionais em que seja clinicamente necessário.