Urán, de 35 anos, cumpriu os 162,3 quilómetros entre Aracena e o Mosteiro de Tentudía em 3:42.28 horas, batendo o francês Quentin Pacher (Groupama-FDJ), com o mesmo tempo, e o espanhol Jesús Herrada (Cofidis), terceiro, a dois segundos
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O ciclista colombiano Rigoberto Urán (EF Education-Easy Post) venceu hoje a 17.ª etapa da Volta a Espanha, fechando o "hat-trick" de vitórias em "grandes Voltas", no primeiro dia sem o esloveno Primoz Roglic (Jumbo-Visma), que abandonou.
Urán, de 35 anos, cumpriu os 162,3 quilómetros entre Aracena e o Mosteiro de Tentudía em 3:42.28 horas, batendo o francês Quentin Pacher (Groupama-FDJ), com o mesmo tempo, e o espanhol Jesús Herrada (Cofidis), terceiro, a dois segundos.
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Na geral, "órfã" de Roglic, que abandonou antes da partida, Remco Evenepoel (Quick-Step Alpha Vinyl) segurou a liderança, com 2.01 minutos de vantagem sobre o espanhol Enric Mas (Movistar), segundo, e 4.51 face ao também anfitrião Juan Ayuso (UAE Emirates), terceiro.
O português João Almeida (UAE Emirates) atacou os favoritos e ganhou alguns segundos aos restantes, seguindo em sexto, a 6.51 minutos da camisola vermelha.
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Urán já tinha duas etapas na Volta a Itália, em 2013 e 2014, e uma no Tour, em 2017, e agora fechou o "hat-trick", numa carreira em que também já fez pódio na geral quer em França quer em Itália.
O colombiano admitiu que é "lindo vencer na Vuelta", quando procurava isto "há vários anos" para poder juntar às outras duas "grandes Voltas", numa fuga com "outros ciclistas rápidos", na qual se impôs, apesar das tentativas de nomes como Marc Soler (UAE Emirates), Quentin Pacher ou Lawson Craddock (BikeExchange-Jayco), que chegou a estar sozinho na frente em duas ocasiões.
A numerosa fuga do dia teve sempre perspetivas de discutir a vitória na tirada, perante o desinteresse das equipas no pelotão no que toca à perseguição, e o veterano colombiano ainda aproveitou para reentrar no "top 10" da geral, subindo a nono.
Longe da frente, a ausência de Roglic, após a queda de terça-feira, foi a principal notícia do dia, com o tricampeão em título a deixar um vazio entre a concorrência a Evenepoel, que hoje se mostrou seguro na frente do pelotão durante a subida até ao Mosteiro.
A exceção, controlada, foi João Almeida, que aproveitou para atacar e ganhar tempo aos ciclistas que tem pela frente, já depois do "susto" do colega de equipa Ayuso: foi assistido a um joelho, mas a equipa desvalorizou o problema, considerando-o menor.
Almeida ganhou alguns segundos aos cinco primeiros, com o espanhol Carlos Rodríguez (INEOS) em quarto, a 5.20 de Evenepoel, e o colombiano Miguel Ángel López (Astana) em quinto, a 5.33. O português é sexto, a 6.51.
Segundo Evenepoel, o avanço tímido de Enric Mas era esperado, tal como outras acelerações que se fizeram sentir na subida final, "muito empinada", na qual os dois primeiros da geral acabaram por se distinguir do resto.
"Quis abrandar um pouco [ao liderar o grupo de favoritos], contra-atacar ataques de Mas, deixar outros reentrar. Há sempre luta por outros lugares da geral, e o López começou a acelerar, porque não queria que Almeida fosse longe demais. É um jogo que tenho de jogar nos próximos dias", analisou o camisola vermelha da Vuelta.
Nelson Oliveira (Movistar) caiu hoje para o 35.º posto da geral, após mais um dia de trabalho para os líderes, com Ivo Oliveira (UAE Emirates) a beneficiar dos abandonos para escalar até 133.º.
Na quinta-feira, a 18.ª etapa liga Trujillo ao Alto del Piornal em 192 quilómetros, regressando a alta montanha, com uma chegada em alto no final.