Antes do contrarrelógio por equipas, na segunda-feira, Sagan somou o seu nono triunfo em etapas da Grande Boucle.
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Peter Sagan (Bora-hansgrohe) assumiu este domingo a liderança da Volta a França, ao vencer a segunda etapa, marcada por uma queda nos últimos quilómetros que derrubou o camisola amarela, o colombiano Fernando Gaviria (QuickStep-Floors).
Antes do contrarrelógio por equipas, na segunda-feira, Sagan somou o seu nono triunfo em etapas da Grande Boucle, ao concluir, em La Roche-Sur-Yon, os 182,5 quilómetros desde Mouilleron-Saint-Germain, em 4:06.37 horas, batendo ao sprint uma dezena de corredores.
O eslovaco deixou o italiano Sonny Colbrelli (Bahrain-Merida) e o francês Arnaud Démare (Groupama-FDJ) na segunda e terceira posições, respetivamente, enquanto o alemão André Greipel (Lotto Soudal) e o norueguês Alexander Kristoff (UAE-Team Emirates) terminaram a tirada nos lugares seguintes.
Gaviria, o vencedor da primeira etapa, perdeu a hipótese de reeditar o sucesso de Fontenay-le-Comte e manter a camisola amarela numa queda coletiva, numa curva, a cerca de 1.800 metros da chegada, acabando relegado para o segundo posto da classificação geral, a seis segundos de Sagan. Colbrelli segue no terceiro lugar, a 10.
"Estou muito feliz com a camisola amarela, mas foi muito difícil. O Démare atacou com o [John] Degenkolb e ultrapassei-os, tive sorte em não ter sido passado pelo Colbrelli", afirmou Sagan, que, no ano passado, foi expulso da corrida na sequência de um acidente com o britânico Mark Cavendish.
O cinco vezes vencedor da camisola verde dos pontos no Tour voltou a envergar a camisola amarela, tal como em 2016, quando a vestiu durante três dias, após uma tirada em que os favoritos ao triunfo final mantiveram as distâncias provocadas pelos azares de sábado na jornada inaugural, com o britânico Chris Froome (Sky) a 1.07 minutos de Sagan e o colombiano Nairo Quintana (Movistar) a 1.31.
Após os primeiros três quilómetros da tirada, o francês Sylvain Chavanel (Direct Energie), o neozelandês Dion Smith (Wanty-Groupe Gobert) e o austríaco Michael Gogl (Trek-Segafredo) empreenderam uma fuga, à qual só resistiu o recordista de participações no Tour (18), devido a uma lesão de Gogl.
Aos 39 anos, e aos 35 quilómetros da jornada, Chavanel ficou sozinho na dianteira, com 2.50 minutos de avanço sobre o pelotão, numa vantagem que chegou a ser de 4.25 aos 100 quilómetros, isto enquanto o etíope Tsgabu Grmay (Trek-Segafredo) se tornava na primeira baixa da 105.ª edição da corrida gaulesa. Seguiu-se o abandono do espanhol Luis Leon Sanchez (Astana), devido a uma queda, a cerca de 40 quilómetros do final.
O ritmo da QuickStep-Floors, a equipa do camisola amarela, sentenciava o fim da fuga, que ocorreu a 14 quilómetros da meta e, já com o pelotão compacto e com a Sky na frente, o alemão Marcel Kittel (Katusha-Alpecin) ficou afastado da luta pela etapa, devido a um furo.
Foi já na aproximação à meta, a menos de dois quilómetros, que Gaviria caiu e perdeu as hipóteses de defender a amarela, conseguindo, como fraca consolação, manter a liderança da classificação da juventude, graças ao segundo lugar na geral.
Na segunda-feira, o pelotão da Grande Boucle enfrenta os 35,5 quilómetros do contrarrelógio por equipas da terceira etapa, em Cholet, que deve servir para estabelecer alguma hierarquia na classificação geral.