Medida poderá evitar a proibição dos atletas quenianos participarem nos Jogos Olímpicos
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A nova lei antidopagem do Quénia entrou em vigor esta sexta-feira, permitindo ao país dar um passo importante para evitar uma possível proibição dos atletas do país participarem nos Jogos Olímpicos Rio2016.
"Tenho a honra de anunciar que esta manhã assinei a legislação sobre doping há muito aguardada", afirmou o presidente do Quénia.
Uhuru Kenyatta manifestou-se esperançado de que a Agência Mundial Antidopagem (AMA) veja a entrada em vigor da nova lei "como um sinal de compromisso do país com os critérios internacionais".
A nova lei cria uma agência antidopagem e prevê multas de 1.000 dólares (cerca de 886 euros) e uma pena de prisão até um ano para os atletas que acusem consumo de substâncias dopantes.
A legislação prevê também punições, pecuniárias e penas de prisão, para quem forneça ou administre as substâncias proibidas.
A AMA discute a 12 de maio a situação do Quénia, depois de ter concedido dois adiamentos ao país para que este adapte o seu código antidopagem às regras internacionais.
"Peço aos nossos atletas que respeitem os códigos mais exigentes de conduta", afirmou Kenyatta, acrescentando: "os poucos casos registados não refletem a integridade dos nossos atletas".
A 07 de abril, a AMA anunciou que caso o Quénia não adequasse a sua legislação até 02 de maio poderia sofrer sanções como a proibição de participar no maior evento desportivo mundial, que se vai realizar no Rio de janeiro, entre 05 e 21 de agosto.
Nos últimos anos, mais de 40 atletas do Quénia, a maior potência mundial do atletismo de fundo, tiveram resultados positivos de doping.
No final de fevereiro, o diretor-geral da federação queniana, Isaac Mwangi, foi suspenso por seis meses por alegado encobrimento de casos de doping.