Piloto Jonathan Rea considera ter tido "um fim de semana incrível" no Estoril
O piloto britânico Jonathan Rea, da Kawasaki, considerou hoje ter tido "um fim de semana incrível" na segunda ronda do Mundial de Superbikes, no Circuito do Estoril, em Lisboa, na qual venceu duas corridas.
Corpo do artigo
Após um terceiro lugar na primeira corrida, no sábado, o hexacampeão mundial triunfou este domingo na corrida de "superpole" e na segunda corrida da ronda, que contribuiu para cimentar a liderança na classificação geral de pilotos, com 110 pontos, contra os 75 do turco Toprak Razgatlioglu (Yamaha) e os 74 do britânico Scott Redding (Ducati).
"Seria bom se conseguíssemos apenas manter a liderança do campeonato para Misano [terceira ronda do Mundial]. Dilatando a vantagem e obtendo duas vitórias, foi um fim de semana incrível", assinalou o piloto em declarações aos jornalistas, após a corrida.
O britânico beneficiou de uma queda, na 15.ª de 21 voltas ao traçado português, do compatriota Scott Redding (Ducati), que até então liderava, numa luta que estava a ser muito intensa entre os dois pilotos que se destacavam na classificação do Mundial.
"Foi difícil, pois a temperatura da pista estava muito elevada. Mérito da Pirelli e da minha equipa, que tomou grandes decisões durante todo o fim de semana. No ano passado, tivemos dificuldades aqui", lembrou Rea, que achou a corrida "divertida".
Na 15.ª de 21 voltas, o piloto da Kawasaki procurou ultrapassar Redding por fora e este acabou por cair, atirando-o para a 16.ª posição - conseguiu terminar em 14.º e conquistar dois pontos -, e Rea limitou-se a controlar a distância para Chaz Davies.
"Na altura da queda do Scott [Redding], não vi a diferença para o [Chaz] Davies. Durante duas ou três voltas, foi de cerca de um segundo. Era muito curto, queria aumentar a vantagem. Consegui e ele acabou por desistir", explicou, tendo finalizado com 2,787 segundos de vantagem para o piloto da equipa GoEleven, da Ducati.
Depois de seis vitórias consecutivas no Mundial, Jonathan Rea não sente "qualquer pressão" em arrecadar o sétimo cetro e continuar a bater recordes nesta categoria do motociclismo, salientando que "a experiência ajuda" nos momentos mais decisivos.
"Não é fácil lutar pelo campeonato, estes pilotos são rápidos. Eu realmente acredito nas pessoas à minha volta, até ao momento tomamos boas decisões, mas posso "estragar" tudo tão facilmente como os restantes. A experiência ajuda, claro", disse.
O circuito do Estoril recebeu pela quarta vez o Mundial de Superbikes, depois de 1988, 1993 e 2020, tendo decorrido à porta fechada, sem público nas bancadas, devido à pandemia de covid-19.