Viñales dominou a corrida sprint do GP das Américas e o português foi 11.º, mas a Aprilia entusiasma e permite apontar a “um bom resultado”. Austin recebeu uma festa espanhola, país que teve os primeiros cinco lugares na corrida sprint, mas Miguel Oliveira e a Trackhouse vão procurar o melhor resultado da época.
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Miguel Oliveira foi 13.º na corrida sprint do Catar, 12.º no Algarve e ontem 11.º nos Estados Unidos, com a progressão lenta, gerada pelos resultados modestos na qualificação - é 14.º na grelha de Austin - a ainda não lhe permitirem pontuar em 10 voltas. Diferentes são os Grandes Prémios, pois foi nono em Portimão, tendo este domingo (20h00) a possibilidade de fazer ainda melhor, já que a Aprilia entusiasma: Maverick Viñales ganhou pela segunda vez consecutiva o sprint, com Aleix Espargaró em quinto e Raúl Fernández em nono. “O objetivo é terminar no top 10, um lugar realista. A gestão dos pneus normalmente joga a meu favor e acho que podemos fazer um bom resultado”, sintetizou Oliveira.
Num MotoGP muito competitivo - 14 pilotos superaram o recorde da pista do ano passado, quatro o que Martín fixara ontem - Oliveira abriu a primeira qualificação na frente, mas ao não melhorar a marca perdeu a passagem à segunda. Largando de 14.º, subiu depressa a 12.º e ficou numa longa perseguição à KTM de Brad Binder, que só passou na última volta. “O ritmo foi bom, recuperei tempo ao grupo que lutava do sétimo lugar até à minha posição e isso é um bom indicativo”, explicou o piloto português.
Na frente do sprint, a emoção foi pouca. Provando a competitividade da Aprilia, Viñales libertou-se da pressão de Marc Márquez, que foi sempre segundo, e de Pedro Acosta, que acabaria ultrapassado por Jorge Martín, que partiu de sexto após duas quedas na qualificação. “Eu a moto somos um. Podemos fazer algo de extraordinário este ano”, atirou Viñales, no fim da festa espanhola, país que teve os cinco primeiros lugares.
Oliveira e o futuro: “Lugares de fábrica estão sobrevalorizados”
Miguel Oliveira é um dos 17 pilotos que terminam contrato no final da época, mas o português não está muito preocupado com um mercado agitado. “A Aprilia está em crescendo de performance e nem todos estão lá em cima. Estamos a trabalhar no bom caminho e estou focado em fazer o melhor com esta moto e depois ver o que o futuro me reserva”, disse em Austin, considerando que “neste momento todos os lugares de fábrica são muito sobrevalorizados”. “Desde que se tenha todo o pacote técnico, o apoio do que envolve a equipa e imparcialidade entre a moto oficial e a satélite, só fica a diferença de uma equipa de fábrica poder oferecer muito mais dinheiro”, considerou.