Wimbledon, recorde-se, proibiu no ano passado os jogadores da Rússia e da Bielorrússia, após a invasão da Ucrânia pela Rússia
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Daniil Medvedev, número 5 do ranking ATP, saudou a decisão de Wimbledon, conhecido esta sexta-feira, de permitir aos jogadores russos e bielorrussos competirem no torneio este ano.
Esta sexta-feira, o tenista russo alcançou a quinta final ATP consecutiva com uma vitória contra o compatriota Karen Khachanov nas meias-finais do Open de Miami, apenas algumas horas após a decisão do All England Club.
"Estou feliz por saber disso. Sempre disse que se puder jogar Wimbledon, ficarei realmente feliz por estar lá", disse. "É um torneio que adoro. E não posso dizer que não goste de jogar na erva, até gosto. Por isso, quero sair-me bem lá. É um belo torneio. E estou feliz por ter a oportunidade de jogar este ano", acrescentou.
Wimbledon, recorde-se, proibiu no ano passado os jogadores da Rússia e da Bielorrússia, após a invasão da Ucrânia. Agora os tenistas desses dois países poderão competir no Grand Slam de julho, mas apenas se competirem como atletas "neutros" e cumprirem determinadas condições. Os jogadores serão proibidos de expressar apoio à invasão russa da Ucrânia e aqueles que receberem financiamento dos Estados russo ou bielorrusso, incluindo patrocínio de empresas operadas ou controladas pelo Estado, continuarão impedidos de participar. Medvedev diz que isso não será um problema para ele.
"Não, de forma alguma, não tenho nenhum patrocinador russo. E vou jogar lá como joguei durante todo o ano passado, em todos os outros torneios", afirmou. "Não sei qual vai ser a reação dos adeptos, não consigo controlar isso, mas terei todo o gosto em jogar lá à frente de toda a gente", acrescentou
Khachanov também ficou satisfeito com as notícias, apesar de não ter tido conhecimento das mesmas até à conferência de imprensa pós-jogo. Sobre as pré-condições referiu que não serão um obstáculo para ele. "Acho que apenas seguimos as regras, penso que é isso que estamos a fazer agora, certo? Há neutralidade, não há bandeira desde o ano passado, desde o fim de fevereiro, por isso continuamos a fazer o mesmo como em todos os outros torneios. Penso que não é nada de diferente. Não tenho patrocinadores da Rússia", disse.
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