Piloto que está perto do sexto título de Fórmula 1 escreveu um longo comunicado sobre as suas preocupações ambientais, defendendo que "o mundo tem líderes pouco instruídos".
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Um dia depois da sua mensagem enigmática, em que dizia ter "vontade de desistir de tudo", naquilo que era uma forma de apoio ao grupo ecológico "Extinction Rebellion", Lewis Hamilton colocou uma longa declaração no Instagram, considerando que "ser vegan é a única verdadeira forma de salvar o planeta".
Hamilton descreve o mundo como "um lugar confuso" e com líderes "pouco instruídos e sem qualquer preocupação com o ambiente".
O piloto da Mercedes, que poderá conquistar o sexto título mundial de Fórmula 1 na próxima prova (Grande Prémio do México), diz que tornar-se vegan "pode ser feito muito depressa", bastando "que você se dedique a isso".
O britânico de 34 anos, que este ano já vendeu o seu jato, começou a mensagem explicando que "aos 32 anos compreendi o impacto que podia ter no mundo e percebo a cada dia o que posso fazer para desempenhar um melhor papel".
"Quero que a minha vida signifique algo e, honestamente, até agora a minha vida não tinha sentido. Fazer parte do problema não é significativo. Fazer parte da solução já é e estou a esforçar-me para melhorar. Façam alguma pesquisa", escreveu ainda.
Para Hamilton, a extinção humana é "cada vez mais provável, pela forma como utilizamos os nossos recursos".
"Temos de perceber que o que comemos mantém a indústria de carnes e laticínios fluorescente e leva à desflorestação, crueldade animal e nossos mares e clima pioram diariamente", continuou o piloto, para quem "fomos ensinados que comer produtos de origem animal era bom, mas mentem-nos há centenas de anos".
"Tantas pessoas, mesmo amigos íntimos, ignoram o que acontece diariamente", considerou ainda Hamilton, defendendo que "as quintas agrícolas" são o maior poluente, "bastante mais do que a indústria de viagens combinada".