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EPA/YOAN VALAT
Desde julho de 2013 entre os 100 melhores do ranking ATP, vimaranense assume que não é "fácil um jogador manter-se tanto tempo no topo".
João Sousa e o seu treinador Frederico Marques não são "muito ligados" à estatística ou aos recordes, mas nem por isso se revelaram insensíveis, bem pelo contrário, quando O JOGO os confrontou com o facto de o melhor tenista português de todos os tempos ser o 18.º profissional em atividade com a mais longa permanência consecutiva no top 100 do ranking ATP.
"É um dado interessante, que me motiva e que significa que estou na elite há alguns anos, algo que me deixa claramente orgulhoso e contente", reagiu o vimaranense, enquanto o técnico optou por dar um outro retorno a esse registo: "O que interessa é onde queremos estar no futuro. Pensava assim quando o João estava no top 30 e penso agora que está no top 90".
Desde o dia 15 de julho de 2013 que o Conquistador é membro presencial e honorário do "Clube dos Cem", e desde que essa porta se abriu são sete anos e quatro meses lá dentro - durabilidade que lhe garante fazer parte do top 20 dos jogadores da atualidade com mais séries ininterruptas entre a primeira centena da hierarquia mundial. O minhoto é o 18.º de uma tabela liderada pelos 21 anos seguidos de Roger Federer e secundado pelos 17 de Rafael Nadal, que detém desde ontem o recorde de semanas consecutivas no top 10: 790.
"Apesar de não ser muito ligado às estatísticas, este é um dado muito interessante e nem sempre é fácil um jogador manter-se no topo do ténis", ripostou João Sousa, que aos 31 anos está ainda abaixo da média dos 33,4 anos correspondentes aos outros 17 grandes nomes que figuram há mais tempo no top 100.
Frederico Marques prefere continuar a olhar para esses "dados" de um modo mais radical: "O passado é passado. No desporto não há memória. Neste momento, estamos numa posição [90.ª] da qual não nos orgulhamos, não estando cómodos nem tranquilos, pois temos um valor muito mais acima e é nisso que estamos focados".
